SAÚDE DA MULHER: Ministério lança orientações para o parto cesariana
REPÓRTER: Para orientar os profissionais de saúde de todo o país e incentivar o parto normal, o Ministério da Saúde publicou o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para Cesariana. A meta é diminuir o número de cesarianas desnecessárias e garantir que as cirurgias sejam realizadas a partir de evidências científicas, como explica o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
SONORA: secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
“A publicação da portaria tem o objetivo de esclarecer a classe médica e divulgar entre a sociedade que cesariana não é algo inócuo, que ela tem uma indicação precisa e tem indicações tecnicamente corretas para fazê-la. Então espera-se, com isso, alertar não só a sociedade médica, mas toda a comunidade em especial as mulheres, e as gestantes em particular, sobre a importância do parto normal e a cesariana com indicação precisa e quando ela for necessária para se evitar danos ou prejuízos à saúde da mãe e da criança”.
REPÓRTER: Entre os destaques do protocolo, está a tentativa de derrubar o mito de que a cesariana é mais segura que o parto normal. Os serviços de saúde devem obrigatoriamente informar a gestante, ou o responsável legal, sobre os potenciais riscos relacionados ao procedimento cirúrgico ou uso de medicamentos para a operação cesariana. No entanto, é importante lembrar que a cesariana é recomendada em alguns casos e que bem indicada pode salvar vidas, como detalha o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
SONORA: secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
“Talvez a mais importante delas seja aquelas mulheres que já tenham tido cesarianas prévias em que o esforço do parto normal pode causar problemas uterinos nessa mulher. Outra indicação é aquelas que também fizeram uma cesariana prévia e que ficaram com uma cicatriz longitudinal no útero. Nesses casos, a indicação da cesariana é adequada, é necessária e é importante que seja realizada”.
REPÓRTER: O protocolo foi construído em conjunto com as entidades médicas e a sociedade civil organizada. Para mais informações acesse www.saude.gov.br.
Reportagem, Janary Damacena.
