País comemora os resultados da Copa das Copas

Com a hospitalidade dos brasileiros e a atuação do governo, a Copa do Mundo superou todas as expectativas

O governo federal apresentou nesta segunda-feira (14) um balanço do evento que ficou conhecido como Copa das Copas. De acordo com a avaliação, o Brasil demonstrou que estava capacitado para assegurar infraestrutura, segurança, telecomunicações, tratamento adequado aos turistas às seleções e aos chefes de Estado que compareceram ao evento. A presidenta Dilma Rousseff, afirmou que “todos se empenharam e asseguraram uma festa que é, sem dúvida, uma das mais bonitas do mundo”. Dilma e 17 ministros de Estado apresentaram as análises e os números relativos ao maior acontecimento do mundo do futebol.

O número de turistas que visitaram o Brasil durante a Copa superou as expectativas do Ministério do Turismo, que esperava 600 mil estrangeiros. Mais de 1 milhão de estrangeiros de 202 países estiveram no Brasil para o Mundial – 60% estiveram no Brasil pela primeira vez; 95% disseram que vão voltar e 83% que suas expectativas foram atendidas ou superadas. Eles visitaram 378 municípios brasileiros.

Os torcedores brasileiros somaram mais de 3 milhões, sendo que 67% estavam visitando cidades-sede pela primeira vez. Os dados são dos ministros da Casa Civil, Aloísio Mercadante, e do Turismo, Vinícius Lages.

Nos estádios, nos quais foram investidos R$ 8 bilhões, a média de torcedores foi superior a 51 mil, a terceira maior entre todas as edições do mundial. A maior parte dos torcedores era de brasileiros – 36% dos ingressos da Copa foram alocados para estrangeiros. A taxa de ocupação dos estádios foi de 98,2% (segunda melhor marca em Copas) e o público total superou os 3,4 milhões de torcedores. As Fan Fests foram um espetáculo à parte, reunindo mais de 5 milhões de participantes.

Legados da Copa 2014
Segundo Dilma Rousseff, é preciso valorizar o trabalho de todos, desde o trabalho menorzinho, mais humilde, até o trabalho mais complexo. Para a presidenta, “essa Copa é uma interação de esforços, de trabalho, de muita organização, muito planejamento, muita noite sem dormir, muita dedicação”.

O Brasil investiu, ao todo, R$ 17,6 bilhões em infraestrutura para a Copa do Mundo 2014, que ficará como legado para a população brasileira. Este recurso foi direcionado a projetos de mobilidade urbana (R$ 8 bilhões), aeroportos (R$ 6,3 bilhões), segurança pública e defesa (R$ 1,9 bilhão), turismo (R$ 200 milhões), portos (R$ 600 milhões), telecomunicações (R$ 400 milhões) e mais R$ 200 milhões em outras instalações.

Do total destinado à construção das arenas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou R$ 4 bilhões, valor que será ressarcido aos cofres públicos. Os recursos foram usados para construir estádios modernos – que contam com redes de telefonia 4G e Internet Wi-Fii – e sustentáveis, possuindo sistemas de aproveitamento da luz solar; dispositivos de economia de energia; coberturas autolimpantes; e economia de água da chuva. Além disso, os assentos são marcados (novidade nos estádios brasileiros) e há câmeras de segurança capazses de promover identificação facial.

Só na área de telecomunicações, por meio das obras para a Copa, o País expandiu a rede de fibra óptica e implantou nas 12 cidades-sede rede 4G, que tem velocidade até 10 vezes maior que a atual 3G. Ao todo, a Copa teve 517 horas de transmissões de dados sem interrupção, graças aos 15 mil km de fibras óticas instaladas para o megaevento e as 15 mil novas antenas de telefonia móvel. A capacidade de tráfego de dados dos estádios era de 30 gigas/segundo.

Já entre as obras de mobilidade urbana, 45 foram para melhoria do transporte coletivo nas cidades-sede, beneficiando aproximadamente 62 milhões de pessoas. Foram implementados modelos de transporte público mais eficientes e sustentáveis – usam tecnologia capaz de reduzir emissões de CO2 e propiciar menor consumo. Entre os projetos, destaque para os corredores e vias para ônibus; estações, terminais e Centrais de Controle de Tráfego; e BRTs (Bus Rapid Transit) e VLTs (Veículo Leve sobre Trilhos). Ao todo, foram entregues 47,9 km de avenidas e 75 estações de BRTs.

Volume de passageiros e geração de emprego e negócios

Cerca de 17 milhões de passageiros passaram pelos 21 principais aeroportos brasileiros durante os 31 dias da Copa do Mundo, de acordo com o Ministério do Turismo. Durante todo o Mundial 2014, os aeroportos brasileiros registraram 263 mil movimentações – apenas 7,46% dos voos atrasaram. Isso porque os aeroportos das cidades-sede receberam melhorias nos terminais de passageiros, pistas e pátios, e adequações operacionais.

Com as mudanças, a capacidade de atendimento foi ampliada em 81%. A previsão para 2014 é que passem pelos aeroportos brasileiros cerca de 295 milhões de turistas/ano.

Na área de segurança pública e defesa, foram destinados R$ 709 milhões para, entre outras coisas, modernizar e preparar o aparato militar; adquirir novos equipamentos e tecnologias e equipamentos e infraestrutura para defesa cibernética e centros de operações. Outros R$ 782 milhões foram usados para integrar instituições e sistemas e a centralização das operações de segurança; e estruturar os 12 centros integrados nas cidades-sede e dois centros nacionais.

Na infraestrutura turística e na qualificação profissional, foram investidos R$ 196 milhões. Com os investimentos no setor, foram gerados 710 mil postos fixos de trabalho e 200 mil temporários. Para exemplificar, as comunidades do Rio de Janeiro registraram aumento de 30% na circulação de turistas. As capitais mais visitadas foram Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

Os portos brasileiros também receberam investimentos. Ao todo R$ 600 milhões foram usados em melhorias nos terminais dos portos de Fortaleza (CE), Natal (RN), Manaus (AM), Recife (PE), Salvador (BA), Santos (SP). Foi possível ainda implantar novo modelo de governança no setor, a fim de elevar a eficiência dos serviços portuários e garantir maior participação privada. E com a autorização do governo para a criação de 22 terminais de uso privado (TUP), a iniciativa privada vai investir no setor cerca de R$ 9 bilhões.

“Fica um imenso legado para o Brasil; também um legado imaterial, a integração (entre os vários segmentos do governo). Provamos que somos capazes, que este é o país do futebol, do trabalho sério e que viabiliza uma Copa do Mundo.”, concluiu a presidente Dilma Rousseff.