| Escolas de Campina Grande vão ganhar hortas agroecológicas
Tecnologia social Pais será criada em 30 instituições públicas do Programa Escola Ideal
Campina Grande, 3 - Iniciativa da Fundação Banco do Brasil e do Instituto Camargo Corrêa, a reaplicação da tecnologia social de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) será criada em 30 estabelecimentos de ensino público de Campina Grande, integrantes do Programa Escola Ideal. A ação tem como parceiros a Prefeitura e a Associação de Orientação às Cooperativas do Norte e Nordeste (Assocene).
O termo de compromisso foi assinado ontem (2), pelos parceiros, na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Campina Grande/PB.
O projeto piloto será levado, inicialmente, a 30 escolas – 24 da zona urbana e seis da zona rural - de Campina Grande, escolhidas por análises técnicas que levaram em consideração as características do terreno, a disponibilidade hidráulica e de energia, o número e a idade dos alunos. A expectativa é de que, até 2010, cerca de 210 escolas de outros seis municípios também tenham as hortas do Pais em seu terreno.
Nas escolas, a implantação do Pais - uma horta com canteiros circulares, para culturas diferentes e complementares, irrigadas por gotejamento e adubadas organicamente – tem como objetivo promover a educação alimentar, por meio da oferta diversificada de produtos para a merenda escolar e, a educação ambiental, pela disseminação de informações sobre o uso sustentável dos recursos naturais.
Engajamento - O presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, disse que o sucesso da iniciativa depende muito do engajamento dos gestores das escolas, mas lembrou que também é preciso incorporar a experiência a todo o processo pedagógico da unidade, além de mobilizar alunos, professores e demais funcionários das instituições.
De acordo com ele, ao implantar uma horta, a escola estará lidando com componentes da economia regional, com um sistema de técnicas e tecnologias, com sustentabilidade ambiental, capacitação e acompanhamento. “Por ser um ambiente de reprodução de conhecimento, a escola é um lugar ideal para receber o Pais, até então implantado pela Fundação Banco do Brasil e parceiros em assentamentos e propriedades de agricultores familiares”, declarou.
A representante do Instituto Camargo Corrêa e coordenadora do Programa Escola Ideal, Eugênia Franco, disse ser sempre desafiador propor mudar a rotina e o dia-a-dia de uma escola. “Implantar essa nova maneira de trabalhar com meninos e meninas, conquistando o seu interesse e tornando a experiência motivadora e gratificante é nosso maior objetivo”, disse.
O evento foi prestigiado pelos parceiros do projeto, o diretor do Instituto Alpargatas, Berivaldo Araújo, o secretário de Educação, Esporte e Cultura de Campina Grande, Flávio Romero Rodrigues, a responsável técnica do projeto pela Assocene, Mônica Correa, além de professores e alunos da rede pública de ensino. Eles assistiram a uma palestra sobre agricultura agroecológica e sobre o funcionamento do Pais, proferida pelo engenheiro agrônomo Newton Novaes. Também foi apresentado um vídeo sobre a tecnologia social, que já garante a geração de renda de centenas de agricultores paraibanos.
Pais - Em todo o país, a Fundação Banco do Brasil já reaplicou a tecnologia social em 42 municípios de 14 estados (ES, BA, GO, MG, PB, PI, RN, SE, AL, CE, MS, PE, RO, RJ), com investimentos sociais de R$ 12,2 milhões. São 2.774 unidades construídas em terras de agricultores familiares, em áreas indígenas e quilombolas, atendendo cerca de 10 mil famílias. Na Paraíba, são mais de 100 unidades em Monteiro, Sumé e Gurjão. |
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