Norte inscreve mais no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social

Com 73 propostas, região apresenta aumento de 62% em relação à edição de 2007. Pará lidera com 20 inscrições; seguido do Amazonas, com 17

Brasília, 6 – Com a divulgação do balanço de inscritos no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, a entidade comemora o aumento do número de propostas do Norte do país.  Do total de 695 inscrições, 73 foram da região, demonstrando acréscimo de 62% em relação a 2007, quando houve a candidatura de 45 propostas.

Em abril, durante o lançamento da 5ª edição do prêmio, em Brasília, o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, lançou o desafio. "Há muita coisa sendo feita no Norte que ainda não conseguimos identificar. Nesta 5ª edição do prêmio, queremos ter mais participação da região”, afirmou.

O Pará liderou o ranking com 20 inscrições.  Em seguida vem o Amazonas com 17, Tocantins (11), Amapá (11), Acre (6), Rondônia (6) e Roraima (2).

Segundo Claiton Mello, gerente de Comunicação e Mobilização Social da Fundação BB, o número maior de inscrições foi resultado de uma estratégia que privilegiou a divulgação do Prêmio em meio a gestores sociais de empreendimentos solidários e a comunicadores da própria região. 

Ações de destaque nesse sentido foram o lançamento do prêmio em Belém, durante o Fórum Social Mundial, que aconteceu em janeiro, e a realização do I Encontro de Jornalistas da Região Norte, também na cidade. Discutindo o tema Jornalismo e Sustentabilidade - Tecnologia Social para o Desenvolvimento, o encontro reuniu cerca de 45 comunicadores da região, em abril.

Para Montezuma Cruz, que participou do evento representando a Agência Amazônia de Notícias, "esse aumento na participação dos estados do norte tem um significado especial: de um lado, demonstra maior interesse em concorrer à premiação da Fundação BB; de outro, leva os candidatos a conhecer as experiências bem sucedidas de cada um e as reais chances de se traduzirem em conquistas sociais para a região representada”. O jornalista ainda completa: “Se a ciência for aplicada de maneira cada vez mais eficiente por pessoas e comunidades, do sul à Amazônia os ganhos não serão apenas dos autores dessas tecnologias, mas, sobretudo, do País".

Todas as unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, têm tecnologias sociais inscritas no concurso. O estado de São Paulo, com 165 inscrições, tem o maior número de projetos inscritos, seguido por Rio Grande do Sul (73), Minas Gerais (57), Rio de Janeiro (44) e Paraná (43). Roraima e Sergipe, respectivamente com 2 e 3 propostas, detêm o menor número de inscrições.

Etapas de seleção – De acordo com o regulamento, as 695 propostas inscritas passam, agora, pela etapa de certificação como “Tecnologia Social”.

As certificadas, além de concorrer à etapa seguinte, de seleção de finalistas, passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais (BTS) e recebem o Certificado de Tecnologia Social conferido pela Fundação Banco do Brasil, Unesco e Petrobras. Atualmente, existem no BTS, 451 tecnologias sociais.

O resultado será conhecido em novembro e as oito instituições vencedoras receberão R$ 50 mil, cada, para utilizar em atividades de expansão, aperfeiçoamento ou reaplicação da tecnologia social vencedora.
Objetivos - O Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social é realizado a cada dois anos e tem como objetivos identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais - conceito que compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade, que representem soluções efetivas de transformação social.

Os parceiros da Fundação BB na iniciativa são a Petrobras, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a KPMG Auditores Independentes.