| Fundação BB inaugura fábricas de caju no Rio Grande do Norte
Investimentos sociais de R$ 1,5 milhão envolvem mais de mil famílias no estado
Brasília, 20 – Agricultores familiares do Rio Grande do Norte que investem na cajucultura terão mais oportunidades de agregar valor à castanha, aumentando a geração de trabalho e renda na região. A Fundação Banco do Brasil e parceiros vão inaugurar hoje (20), duas unidades de beneficiamento de castanha, uma em Macaíba, região metropolitana de Natal, e a outra em Touros, no litoral norte do estado. Participam das solenidades, o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, e o diretor executivo da instituição, Jorge Streit.
A instalação das unidades visa transferir tecnologia para o beneficiamento da castanha do caju e inserir agricultores familiares em todas as etapas da cadeia produtiva da fruta, do plantio à comercialização.
Em Macaíba, o evento será realizado no assentamento José Coelho, no qual 70 famílias estão envolvidas de forma direta e outras 20, indiretamente. Com investimentos sociais de R$ 241 mil, a unidade ocupa 305m2.
Em Touros, os valores investidos no assentamento Assis Chateubriand atingem R$ 248 mil.
Em ambos os assentamentos, a fábrica é composta por armazém, setor de processamento, quadro de secagem, quadra de ar e caldeira.
Agregação de valor - Segundo o consultor da Fundação Banco do Brasil no Rio Grande do Norte, Paulo de Tarso Chacon, os eventos são um salto em direção à melhoria da qualidade de vida das pessoas que sobrevivem da agricultura familiar no estado. “Com as fábricas, os pequenos agricultores poderão sair de uma situação de meros apanhadores de castanha para a de produtores. Com isso, poderão vendê-las por valores que oscilam entre R$ 8 a R$ 18”, o quilo, explica. Antes, os agricultores tinham que vender as amêndoas a atravessores por preços muito inferiores (entre R$ 0,70 a R$ 1,20). “O ganho agregado é muito grande e será revertido em qualidade de vida, de saúde, educação e lazer para as famílias de assentados”, conclui Chacon, ao lembrar que em ambos os assentamentos foram inauguradas, no primeiro semestre de 2008, estações digitais.
Estações digitais são espaços equipados com computadores interlidagos à internet que permitem ampliar as redes de contato e parcerias para colaborar nas atividades de fortalecimento da agricultura familiar, de apoio técnico e de extensão rural. Os objetivos são reduzir o índice de exclusão digital nos municípios envolvidos, promover a iniciação à informática, propiciar qualificação para o trabalho, além de fortalecer as ações das organizações da sociedade civil a partir de uma ótica participativa e comunitária.
Desde 2004, a Fundação Banco do Brasil realiza, em conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a organização Unitrabalho, o Projeto de Minifábricas de Castanha de Caju nos estados da Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. O projeto consiste na recuperação e implantação de minifábricas de castanha de caju e na montagem de módulos agroindustriais para seleção, classificação e exportação da amêndoa.
O investimento social da Fundação Banco do Brasil no projeto supera R$ 9 milhões, de 2004 a 2007.
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