Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social tem 5ª edição lançada em Brasília

Inscrições podem ser feitas até o dia 29 de maio, na página www.fundacaobancodobrasil.org.br

Brasília, 26 - “Aqui está o diploma da faculdade, da escola, que você não teve”. É assim, como um reconhecimento, que o diretor-executivo do Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado (Cedac), Orélio Silva, vê o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, cuja quinta edição foi lançada na noite de ontem (25), no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília/DF.

O projeto Agroextrativismo Sustentável da Favela, conduzido pelo Cedac, foi o vencedor da região centro-oeste em 2007. “Ganhar o prêmio foi muito importante, porque nos fez ser reconhecidos como cidadãos e trouxe mais famílias para o projeto”, disse.

O Prêmio Fundação Bando do Brasil tem como proposta identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais. O conceito compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade, que representem soluções efetivas de transformação social.

As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de maio, por meio da www.fundacaobancodobrasil.org.br.

O presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, acredita que o grande mérito do prêmio, criado em 2001, é, justamente, reconhecer o mérito alheio. “A cada dois anos, realizamos uma festa bonita e rica em emoção. Temos a oportunidade de divulgar, reconhecer, certificar e premiar idéias simples que representam um conjunto de experiências vividas em todo o Brasil. Mais do que o valor do prêmio, de R$ 50 mil, as instituições testemunham o crescimento de seus projetos após se sagrarem vencedoras”, afirmou.

Outra tecnologia social apresentada durante o lançamento foi o projeto Surdodum – na batida do silêncio. Trata-se de uma banda de percussão formada, em sua maioria, por músicos com deficiência auditiva. O projeto também venceu o Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social, porém em 2003. “Com a premiação, podemos montar a oficina Surdodum e incentivar a inclusão de pessoas com esse tipo de problema a fazer parte de um conjunto musical, unindo coisas que parecem antagônicas. As possibilidades podem e devem ser transformadas em realização”, disse a coordenadora musical do projeto, Ana Lúcia Soares.

Soluções - Parceiros do prêmio também participaram da cerimônia. O representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, disse que falar em tecnologia social é falar da história do mundo. “São soluções para problemas da vida cotidiana e é necessário que essas boas idéias sejam conhecidas e reaplicadas. E o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social é uma ótima chance para isso”, disse.

Também para a Petrobras é muito importante fazer parte do Prêmio, disse o gerente setorial de Comunicação da empresa, José Samuel Magalhães. Para ele, divulgar tantas boas idéias é relevante não apenas para os premiados, mas para todos os inscritos na seleção, que têm suas experiências colocadas na internet, no Banco de Tecnologias Sociais (BTS).

O diretor da KPMG conclamou todos os participantes do evento a ajudar na divulgação do prêmio para que haja o maior número possível de inscrições. “O BTS ajuda a desenvolver o Brasil”, enfatizou.

A divulgação de idéias simples que podem ser reaplicadas no Brasil e no mundo, proporcionada pelo prêmio, também deu o tom da fala do representante do Banco do Brasil no evento.O vice-presidente de Varejo e Distribuição do banco, Milton Luciano, desejou, ainda, sucesso aos participantes.