Escolas públicas da Paraíba investem em projetos de agroecologia
Desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil e pelos Institutos Camargo Correa e Alpargatas, ação terá início em Campina Grande e atingirá 210 escolas públicas
Brasília, 20 – Campina Grande, na Paraíba, vai ser a primeira cidade do Brasil a receber um projeto piloto de reaplicação da tecnologia social Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) em escolas públicas das zonas rural e urbana. O lançamento da ação está marcado para a próxima segunda-feira (2), às 17h, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) da cidade.
Desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil e pelos Institutos Camargo Correa e Alpargatas, o projeto visa fortalecer a segurança alimentar por meio da educação ambiental e da mudança dos hábitos alimentares nas escolas. Até 2010, outros seis municípios do estado - Alagoa Nova, Araruna, Guarabira, Ingá, Mogeiro e Serra Redonda - serão contemplados, totalizando 210 escolas.
“Pela primeira vez, o Pais vai sair das propriedades dos agricultores familiares para ser implantado nas escolas. É um processo pioneiro que começa a ser construído em Campina Grande e que vai contribuir para formular uma metodologia adequada às especificidades dos estudantes a ser aplicada aos demais municípios”, afirma o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena.
O termo de compromisso, que marca o início das ações, será assinado pelo presidente da Fundação Banco do Brasil, pelo diretor do Instituto Camargo Corrêa, Francisco Azevedo, pelo diretor do Instituto Alpargatas, Berivaldo Araújo, pelo secretário de Educação, Flávio Romero Rodrigues, e pelo prefeito da cidade, Veneziano Vital do Rego. O projeto também conta com a parceria da Secretaria de Cultura e da Associação de Orientação às Cooperativas do Norte e Nordeste (Assocene), responsável pela execução técnica, montagem, acompanhamento e sistematização do projeto.
Critérios – Cem escolas de Campina Grande, nas áreas rural e urbana, foram indicadas pela Secretaria de Educação do Município para receber o Pais. Elas foram visitadas previamente por um técnico, que avaliou se possuíam os pré-requisitos mínimos para aplicar a tecnologia social. Do total de instituições avaliadas, trinta foram selecionadas para integrar o projeto piloto.
A primeira etapa é escolher um terreno com pouca ou nenhuma declividade. O ideal é que o espaço seja protegido do vento e o mais próximo possível de uma fonte de água. É importante, também, que receba luz do sol na maior parte do dia.
Para que alcance bons resultados, a reaplicação do Pais também deve respeitar o meio ambiente, a vida, os hábitos e os costumes da população local, e garantir a sustentabilidade das pessoas e comunidades participantes.
Fundamentado nos princípios da agroecologia, o Pais é montado em torno de um sistema de anéis, cada um destinado à determinada cultura, que complementa a que vem a seguir. O centro do sistema de agricultura familiar ecológica é utilizado para a criação de pequenos animais, como galinhas caipiras e patos. O esterco produzido pelas aves é utilizado para adubar a horta. O quintal agroecológico, instalado ao redor da horta, garante a produção de frutas, grãos e outras culturas na área.
Em todo o país, a Fundação Banco do Brasil já reaplicou a tecnologia social em 42 municípios de 14 estados (ES, BA, GO, MG, PB, PI, RN, SE, AL, CE, MS, PE, RO, RJ), com investimentos sociais de R$ 12,2 milhões. São 2.774 unidades construídas em terras de agricultores familiares, em áreas indígenas e quilombolas, atendendo cerca de 10 mil famílias. Na Paraíba, são 90 unidades em Monteiro, Sumé e Gurjão.
Lançamento do Pais em escolas de Campina Grande
Data: 2 de março de 2009
Hora: 17h
Local: AABB - Rua Lino Gomes, 71, São José, Campina Grande/PB