Produtores exportam mais de 183 toneladas de castanhas de caju por ano

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a primeira previsão da safra brasileira de castanha de caju para 2008, tendo como referência o mês de janeiro, aponta que apenas os estados de Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará serão responsáveis por 267.355 toneladas do produto. Aproveitando esse potencial, governo e empresas passaram a investir no processo agroindustrial do caju, com o beneficiamento de castanhas e polpas.

A tecnologia visa a organizar minifábricas, modelo que atende às cooperativas de produtores. Simultaneamente, estuda-se a implantação de uma unidade central de beneficiamento, acabamento, embalagem e comercialização.
A ação permite a articulação de agentes produtivos com interesses comuns, superando pontos críticos do processamento e gerando o aumento em 50% das amêndoas inteiras.

O processo de beneficiamento da castanha-de-caju tem as seguintes etapas, de acordo com a Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional:

A secagem das castanhas é feita em quadras de cimento ou em terreiros para redução da umidade.. Depois de limpas, são classificadas e armazenadas em local arejado e seco. Dessa forma, é possível estocá-las por até um ano, enquanto se aguarda o beneficiamento.

A industrialização da castanha-de-caju começa com o cozimento em autoclaves. Depois as castanhas seguem para o corte. O trabalho é feito preferencialmente em duplas. Uma pessoa opera a máquina de corte e a outra ajuda a separar a amêndoa da castanha.

A amêndoa, já sem a casca, passa por outras etapas de beneficiamento. Para reduzir a umidade, é preciso colocá-las em estufas entre seis e oito horas. Depois de frias, seguem para o umidificador, o que facilita a próxima etapa, a despeliculagem.

Neste processo, a retirada de películas é feita primeiramente com a utilização de equipamento. Em seguida, vem o acabamento manual, que garante melhor qualidade final e redução do percentual de quebra das castanhas. Nesta etapa, as amêndoas são separadas em grupos por tamanho, integridade e cor, para atender às demandas do mercado comprador. Em seguida, são embaladas.

Os conceitos de classificação e especificação de qualidade são determinados pelo Ministério da Agricultura e estão de acordo com as normas internacionais. Atualmente, o produto in natura é destinado ao mercado externo.
Para o mercado interno, as amêndoas recebem outro tratamento. Depois de selecionadas, elas são fritas e em seguida, centrifugadas para a retirada do excesso de óleo. Ainda quentes, são salgadas e embaladas.