Famílias remanescentes de escravos vivem em quilombo no centro de Canoas, Rio Grande do Sul, mantêm as tradições e dão exemplo de sustentabilidade |
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Fotos: Bruno Spada/MDS | |||||||||
Foto Esquerda: Remanescentes de escravos têm o artesanato como uma fonte de renda Canoas, 6 – Difícil imaginar que uma área que já serviu de esconderijo para os escravos ainda no período colonial tenha resistido há quase 300 anos de história. O quilombo Chácara das Rosas, um terreno de aproximadamente 3 mil metros quadrados, num bairro de classe média, no centro de Canoas, guarda histórias, tradições e exemplos de luta e conquistas. As famílias que não cederam às pressões do mercado imobiliário receberam o título da terra e agora têm a garantia de que o lugar será preservado. Antonio de Jesus tem 64 anos e nunca deixou o quilombo. O tio Tonho, como é conhecido, aproveita todo o espaço possível para cultivar verduras e hortaliças. É dali que ele tira o próprio sustento e ainda ajuda os vizinhos. A irrigação é feita com água da chuva que ele recolhe através de um sistema de calhas no telhado e armazena em galões. Tio Tonho mostra com orgulho o resultado do sistema que ele mesmo inventou: “Aqui, eu não perco uma gota de água. Antes, a gente não tinha água encanada, mas agora só porque temos torneira em casa não significa que a gente pode desperdiçar.” É essa a lição que ele passa para a criançada que o ajuda a manter a plantação. Flávio Figueiredo Ascom/MDS |
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