Cras usa canal virtual para divulgar
atividades com beneficiários

Entre os projetos da unidade de Lins, no interior de São Paulo, dança e música, como as da cultura hip hop, influenciam a vida de jovens e adolescentes


Ana Nascimento/MDS  

Brasília, 25 – O trabalho desenvolvido na área de assistência social com idosos, jovens, adolescentes e crianças no município de Lins, São Paulo, conta com um canal virtual: as imagens das atividades do Centro de Referência de Assistência Social, identificado como Cras Irmã Beatriz Helena de Barros Leite, ficam disponíveis na internet, no endereço http://www.vimeo.com/cras. A iniciativa pretende aproximar os usuários do universo digital, além de ampliar os espaços de divulgação da unidade. Os beneficiários também são responsáveis por registrar as imagens.

A equipe do Cras, em funcionamento desde 2006, reúne assistentes sociais, instrutores, estagiários, um psicólogo, uma educadora física e o pessoal administrativo. “Nós registramos o desenvolvimento

No Cras, Lucas Ariel (camisa vermelha) integra Projeto da Cultura Hip Hop

das atividades e fazemos o registro histórico da instituição e de suas diversas organizações”, informa o psicólogo Paulo Roberto Filho. Segundo ele, esse tipo de divulgação contribui para o monitoramento do que é desenvolvido pelo Cras, que fica aberto de segunda a sexta, das 9h às 18h.

Hip hop – O estudante do ensino médio Lucas Ariel Nunes, de 17 anos, integra o grupo do Projeto da Cultura Hip Hop, desenvolvido no Cras do município paulista. Segundo ele, o contato com a dança e a música é especial em sua vida. “O hip hop ajuda a expressar o que a gente sente. Pelos movimentos da dança, a gente expressa o que é”, afirma. Ele conta que a participação no projeto do Cras é fundamental para o convívio em casa, na escola e com os amigos. “É como se fôssemos uma família. O convívio é muito bom entre nós”, acrescenta. Lucas pretende cursar a faculdade de Engenharia de Automação, que reúne conhecimentos de mecânica, eletrônica e computação.

Paulo Roberto comenta que a cultura hip hop tem grande influência na vida de jovens e adolescentes na cidade. “Usamos estrategicamente essa manifestação artística. Criamos um grupo para o desenvolvimento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos”, explica. De acordo com o psicólogo, o hip hop integra as ações com foco na convivência social por meio da arte, cultura, esporte e lazer. “Visamos promover o espaço de convivência, a formação, a participação, o fortalecimento familiar e comunitário, bem como a autonomia os participantes”, diz.

MDS em números – Dados de fevereiro de 2011 apontam que Lins possui 861 idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social (BPC). Somente para o BPC, o MDS repassou cerca de R$ 5 milhões em 2010. A cidade tem três equipamentos públicos cofinanciados pelo ministério: dois Cras e um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Mais de 1,8 mil famílias recebem o Bolsa Família. Em todo o País, são mais de 7 mil Cras e cerca de 2,8 mil Creas, dos quais mais de 90% recebem recursos do ministério.

Aline Menezes
Ascom/MDS
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