“Nós [da assistência social] perguntávamos: por que as autoridades do Brasil não tinham a consciência de dever público? Por muitos anos, as pessoas com deficiência eram invisíveis para o Estado. Hoje, temos leis que garantem os seus direitos”, disse a ministra nesta terça-feira (22), ao lado da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa. Na opinião de Márcia Lopes, os Infocentros paraenses são exemplos de que o País está vencendo o preconceito e de que é possível, sim, fazer inclusão social e digital.

Oportunidades – Para a governadora Ana Júlia, as mudanças promovidas em benefício das pessoas com deficiência são significativas. “Quando as pessoas têm acesso ao Infocentro, elas têm acesso a conhecimento. E a Internet veio, sim, para os deficientes também. Isso é mudança. Isso é inclusão social”, comemorou. Ana Júlia acrescentou que “não se combate a pobreza sem dar oportunidades e geração de emprego e renda às pessoas”.

A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do Pará, Eutália Rodrigues, reconhece a importância da inclusão digital. “Estamos caracterizando grandes obras para cuidar das pessoas”, disse. Para o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, é gratificante permitir às pessoas com deficiência um sistema de acessibilidade. “É emocionante proporcionar a inclusão digital dessas pessoas. Isso é uma vitória contra o preconceito”, destacou.

Infocentros – Os Infocentros de Inclusão Digital do Estado do Pará fazem parte do programa NavegaPará. A ideia é capacitar as pessoas para que elas conheçam e entendam como o computador e o acesso à Internet podem contribuir e facilitar o acesso a bens e serviços a distância. Para os deficientes visuais, por exemplo, foram instalados softwares que possuem sintetizador de voz em português que proporciona independência do deficiente no estudo e no trabalho. Ao todo, o Pará tem 107 Infocentros.

Investimentos – Entre algumas das ações e dos programas coordenados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Bolsa Família atende cerca de 70,8 mil famílias em Belém, além de repassar recursos para 12 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e 01 Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). No Projovem Adolescente, há cerca de 3,6 mil participantes. E mais de 2,3 mil crianças e adolescentes estão cadastrados no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

No estado do Pará, o Benefício de Prestação Continuada de Assistência Social (BPC), que equivale ao pagamento de um salário mínimo mensal, atende mais de 149 mil idosos e pessoas com deficiência.

Aline Menezes

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