As aposentadas Maria Geralda de Souza Santos e Maria Pereira Sampaio foram as primeiras da fila. Ao lado do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, elas participaram, nesta terça-feira (11/3), da inauguração - na Cidade Estrutural - do primeiro Restaurante Popular de Brasília (66º do Brasil) construído com recursos do Governo Federal. No almoço, arroz, feijão, carne, salada e banana. Foi servido também um suco de abacaxi.

O investimento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) foi de R$ 1,8 milhão, com a contrapartida de R$ 1 milhão do Governo do Distrito Federal. O Restaurante Popular da Estrutural - cuja população local chega a 35 mil pessoas - funcionará de segunda a sexta-feira,

das 11h às 14h, oferecendo três mil refeições por dia, ao custo de R$ 1,00. Os recursos do MDS foram utilizados na execução de obras, aquisição de equipamentos e custeio dos utensílios necessários à operação do serviço. A manutenção e gestão da unidade são de responsabilidade do governo local.

“A inauguração do Restaurante Popular representa um esforço concreto e os avanços, já medidos em pesquisas, na luta para erradicarmos a fome e a desnutrição no Brasil. Nós estamos assegurando, a todos, o direito sagrado, fundamental e humano à alimentação adequada e consolidando também o sistema de Segurança Alimentar e Nutricional”, afirmou o ministro Patrus Ananias. Ele ressaltou ainda a importância integração do restaurante com programas de segurança alimentar e de fortalecimento da agricultura familiar. Já o governador José Roberto Arruda chamou a atenção para a presença de crianças e idosos no local e agradeceu o ministro pela parceria com o Distrito Federal na rede de proteção social.

Para Deborah Menezes, delegada-chefe da 8ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, localizada na Estrutural, “a inauguração de um restaurante como esse é maravilhosa, pois aqui tem muita gente que não tem o que comer. Um preço muito acessível, R$ 1,00. Um lugar onde a pessoa pode chegar, pegar a bandeja e comer, diferentemente do que a gente vê lá no lixão, gente comendo lixo. O Restaurante Popular é cidadania, contribuindo para que a violência diminua e essas pessoas vejam que elas podem subir mais um degrau na história da vida, num processo gradativo”.

99 mil refeições - O programa de Restaurantes Populares tem o objetivo de assegurar alimentação sadia e de baixo custo aos que necessitam realizar refeições fora de seu domicílio. Além disso, as unidades tornam-se pólos geradores de emprego e renda, pois, priorizam a compra de gêneros alimentícios produzidos na própria região, com entrega direta no local, como forma de reduzir custos e garantir qualidade e geração de renda aos agricultores locais.

Outra finalidade dos Restaurantes Populares é oferecer cursos profissionalizantes aos moradores da região. Em outros Estados, por exemplo, são oferecidos cursos de merendeiras, copeiras, e garçons. No caso do Distrito Federal, todos os 50 funcionários contratados para a operacionalização da nova unidade foram contratados na própria comunidade, sendo capacitados e treinados para o exercício da função.

O público beneficiário desse tipo de restaurante é formado por trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes, aposentados, moradores de rua e famílias em situação de risco de insegurança alimentar e nutricional. Desde que o programa começou, em 2004, o MDS já financiou a construção de 66 Restaurantes Populares em todo o País, que servem 99 mil refeições diárias. O investimento, até o momento, foi de cerca de R$ 130 milhões de reais.

Investimento no DF - O Distrito Federal recebe do MDS, por ano, R$ 264,7 milhões para execução de programas sociais. As ações nas áreas de transferência de renda, assistência social e segurança alimentar beneficiam 379 mil pessoas. O Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do País, transfere por mês R$ 5,7 milhões para 76,4 mil famílias. Os repasses do Governo Federal em segurança alimentar alcançam R$ 5,8 milhões, atendendo a 40,2 mil pessoas.



João Luiz Mendes

ASCOM / MDS
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