Especialistas trocam experiências sobre metodologias aplicadas em pesquisas sociais

Foto: Ana Nascimento / MDS    

O especialista Ging Wong  recomendou a publicação “Avaliação de Políticas e Programas do MDS”

Abordagens conceituais e metodológicas sobre a avaliação de políticas  e programas sociais foram a tônica dos debates do Seminário Internacional de Sistemas de Proteção Social: desafios no contexto latino-americano,  na manhã desta sexta-feira (11/12), em Brasília. O especialista da área de políticas de mercado e trabalho e avaliação de programas e professor da Queens University  (Canadá), Ging Wong, e o secretário-executivo adjunto do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes Sousa participaram da mesa, com mediação da representante do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC/PNUD), Clarissa Teixeira.
          
O professor Ging Wong destacou a importância das abordagens metodológicas usadas por cada plano e a sua realidade. Ele ressaltou que cada uma tem sua eficiência e cabe aos gestores experimentar e encontrar dados mais precisos. “A boa notícia e que os lucros estão aumentando e a pobreza não. Mas a má notícia é que não sabemos o porquê”, esclareceu.

Ging lembrou que as avaliações quantitativas e qualitativas são as mais usadas, porém destacou a importância da criação de outros métodos, com experiências novas. “Nos últimos 40 anos, foram desenvolvidos poucos programas de avaliação com impacto significativo. Temos sucessos em abordagens mistas e alcançamos dados mais precisos”, encorajou o professor, porque nem tudo pode ser medido, daí a importância de se buscar informações diversificadas.

Conhecedor de inúmeros métodos, o representante canadense destacou a sua preferência pelo modelo misto e recomendou a publicação  “Avaliação de Políticas e Programas do MDS - Resultados - Volumes I e II” organizada por Jeni Vaitsman e o secretário-executivo do MDS, Rômulo Paes Souza. “As avaliações preliminares do Bolsa Família (programa do MDS) são bons exemplos de avaliações experimentais. Observei informações cruzadas e isso é importante. Mas, encorajo também a realização de avaliações marginais, menores, com o intuito de obter dados mais precisos e não correr o risco de perdê-los em uma mega pesquisa”, finalizou Ging Wong, afirmando que os executores de projetos sociais devem investir em informação de qualidade.

O secretário Rômulo Paes reforçou que a avaliação das políticas e programas sociais deve utilizar métodos diversificados e manter padrão na pesquisa. Ele afirmou, ainda, que o  material de avaliação e monitoramento de programas muitas vezes é extenso e existe ainda a dificuldade de saber utilizar os resultados para avançar nas ações sociais. A experiência brasileira foi destacada por ele:  “O Brasil tem uma experiência importante. O que aprendemos é que para implantar unidades de avaliação e monitoramento é preciso que agreguemos competência, definamos rotinas e que tenhamos instâncias muito claras de pactuação e padronização de métodos, ferramentas e de sistemas para que a gente possa fazer com que a instituição que estiver fazendo isso possa convergir na maneira de trabalhar e de se apropriar dos resultados, o que aliás é um grande desafio da avaliação e monitoramento”, finalizou.

O Seminário Internacional de Sistemas de Proteção Social: desafios no contexto latino-americano – organizado pelo MDS e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – se encerra nesta sexta-feira.

 
Wellington Oliveira

 

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