Beneficiários do Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) ou de outros programas sociais estão participando, na capital de Aracaju, Sergipe, da I Olimpíada Intergeracional. Os torneios esportivos e atividades lúdicas ou culturais - voltados para crianças, adolescentes e idosos - começaram no dia 06 de outubro e prosseguem até a próxima quarta-feira (21). Ao final dessas duas semanas de disputa, os três primeiros colocados em cada modalidade vão receber troféus e medalhas como em qualquer olimpíada tradicional. O objetivo é fortalecer o vínculo familiar e comunitário, despertar o interesse pelo esporte e o respeito pelo outro.
São 14 modalidades, entre futsal, vôlei, queimada (conhecida no Nordeste como queimado), dança de salão, marcha atlética, dama, baralho e boliche. “Estamos promovendo competições entre diferentes gerações”, explica a coordenadora de Proteção Social Básica da Prefeitura de Aracaju, Yolanda de Oliveira Santos. Idosos disputam com adolescentes, ou crianças, jogos de boliche e dama e também a dança, exemplifica a coordenadora. A intenção, nesse caso, é provocar o respeito dos jovens e adolescentes pelo idoso e ainda promover a troca de aprendizagem entre as gerações. Dama e boliche são as primeiras modalidades disputadas, conforme programação elaborada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania.
A Secretaria promoveu, nos anos anteriores, a olimpíada apenas entre os idosos, mas agora em 2009 decidiu envolver também crianças e adolescentes. “Integrantes de famílias pobres, essas pessoas não têm acesso a atividades esportivas e de lazer. Com o torneio, elas vão praticar esportes ou opções de lazer e ainda desenvolver noções de cidadania”, acredita Yolanda Santos. Participam da Olimpíada crianças, adolescentes e idosos atendidos pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e por entidades conveniadas à secretaria.
Para a aposentada Marlene Silva, 60 anos, que faz parte do grupo de idosos do Centro de Integração da Família, a Olimpíada Intergeracional fortalece as famílias e faz com que todos respeitem o idoso. "Participo de várias modalidades, porque o importante não é competir, e sim conhecer outras pessoas e estar ao lado dessa juventude maravilhosa", diz. E a empolgação não atinge só os mais vividos. "Depois que entrei no programa social, minha vida tomou outro rumo. Aprendi a respeitar as pessoas mais velhas, os meus pais, enfim, tudo de bom vem acontecendo. Por isso, convido outras crianças que estão nas ruas, sem estudar, que venham se juntar a nós", declara Amanda Messias Santos, 11 anos, beneficiária do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) do Centro de Referência de Assistência Social Professor Gonçalo Rolemberg Leite.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome repassa a Sergipe, por ano, cerca de R$ 496 milhões para execução de programas sociais. As ações nas áreas de transferência de renda, assistência social e segurança alimentar beneficiam 1,2 milhão de pessoas. Para os programas de assistência social, de janeiro a agosto deste ano, o MDS destinou R$ 139 milhões para realizar 319 mil atendimento no Estado.
O Ministério investiu, nesse mesmo período, R$ 6 milhões no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), para tirar mais de 29 mil crianças e adolescentes da situação de trabalho. Cerca de 6,1 mil jovens são beneficiados com o programa ProJovem Adolescente, que aplicou R$ 2,2 milhões em agosto de 2009. No Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), os 75 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), atendem aproximadamente 202 mil pessoas com repasse de R$ 4 milhões. São transferidos ainda R$ 20,7 milhões às 206.479 famílias atendidas pelo Bolsa Família no Estado.
Roseli Garcia
Informações para a imprensa
Rogeria de Paula / Flavia Metzker
(61) 3433-1105 / 3433-1106
ASCOM / MDS
|