Ministro Patrus Ananias destaca contribuição das entidades de catadores de papel para os avanços sociais


Fotos: Bruno Spada / MDS  
 
Também em Belo Horizonte, o ministro Patrus Ananias foi homenageado durante a abertura do Congresso Regional dos Sociólogos Esmeralda Alves: “Nós, catadores, somos organizados. Aqui a gente discute nossos direitos e o que pode ser feito para melhorar.


“O trabalho das associações de catadores de papel e da população de rua, a sua organização, presença e mobilização faz com que estejamos conquistando melhores e mais dignas condições de vida”. Assim o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, abriu sua participação no painel que discutiu o desenvolvimento urbano com justiça social no 8º Festival Lixo e Cidadania realizado, nesta quarta-feira (23/9), em Belo Horizonte (MG).

O Festival reúne representantes de governos e de organizações não-governamentais, estudantes, pesquisadores, população de rua e catadores de materiais recicláveis de todo o Brasil. Entre elas, está Esmeralda Alves, de Governador Valadares (MG), 37 anos e mãe de cinco filhos. “Nós, catadores, somos organizados. Aqui a gente discute nossos direitos e o que pode ser feito para melhorar. São associações e pessoas de todo o País e a gente vê que temos os mesmos problemas”, conta ela. Junto com o companheiro, ela trabalha na reciclagem da coleta seletiva feita pela Prefeitura municipal em uma cooperativa com 68 pessoas. “Nosso ganho não é fixo, depende da produção. Às vezes, dá um salário mínimo, outras menos.
Mas eu recebo o Bolsa Família, que já complementa”.

Para o ministro Patrus Ananias, um ponto fundamental da atuação das associações de catadores de papel e da população é justamente a luta organizada pelos seus direitos num contexto mais amplo. “Vocês discutem e colocam suas reivindicações no contexto da cidade”.

Discorrendo sobre o desenvolvimento urbano, o ministro mostrou as origens do inchaço e da precariedade da vida nas cidades e regiões metropolitanas, especialmente nas periferias. “Não fizemos a reforma agrária e não democratizamos a terra, o que provou um êxodo rural e uma ocupação desordenada das grandes cidades, principalmente nas décadas de 60 e 70”, argumentou ele. “E as pessoas vieram para viver em condições injustas e precárias, nas favelas e em áreas de risco”.

O ministro falou também sobre a presença das políticas sociais junto às populações de rua e aos catadores de papel, como as ações e investimentos para inclusão produtiva, que incentivam o associativismo e o cooperativismo, além das ações de Assistência Social e Transferência de Renda. “Estamos discutindo a criação de Centros de Referências mais adequados às reivindicações das populações de rua e incluindo-as no Programa Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada, o BPC”, afirmou ele. “Temos ainda desafios, porque nós não mudamos uma realidade histórica de um dia para o outro, mas as conquistas já estão presentes”.

Homenagem - Também em Belo Horizonte nesta quarta-feira, Patrus Ananias foi homenageado durante a abertura do Congresso Regional dos Sociólogos e Encontro Regional dos Cursos de Ciências Sociais pelo trabalho realizado no Governo Federal frente ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Na ocasião, o ministro falou do papel do sociólogo para ajudar a superar os desafios hoje postos na Assistência Social, como a necessidade de maior integração e institucionalização das políticas sociais.

Mônica Profeta

ASCOM / MDS
(61) 3433-1021



Assessoria de Imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Tel.: (61) 3433-1021