Banco de Alimentos de Goiânia (GO) – um espaço para a integração social

A unidade, que atende a 107 instituições, oferece cursos e atividades culturais. Ali também são criadas campanhas para envolver os goianos na arrecadação de alimentos. E, próxima ao Banco, tem até uma horta comunitária criada e mantida pelos seus funcionários e integrantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

 

Fotos: Joacy de Almeida/SEMAS  
 
São recebidos, mensalmente, cerca de 2 mil quilos de
alimentos, principalmente arroz, feijão, açúcar
e farinha de mandioca.
A colheita na horta chega a 300 pés de folhas e 180 quilos de verduras por mês. Toda a produção vai para o Banco de Alimentos.

 

Não só para a arrecadação e posterior distribuição de alimentos é utilizado o Banco de Alimentos de Goiânia (GO). O espaço serve também para a realização de cursos e atividades culturais que têm como público-alvo os integrantes de empresas que fazem doações e os profissionais que trabalham nas entidades por elas beneficiadas, os moradores da comunidade vizinha, os coordenadores e as merendeiras dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

Normalmente, são oferecidas oficinas com até 30 pessoas. Elas aprendem a se beneficiar do valor nutricional dos alimentos, preparando-os, armazenando-os e utilizando-os integralmente. Talos e cascas, inclusive. A unidade também promove campanhas para arrecadação de alimentos, com doações no Parque Zoológico e Parque Mutirama.

Implantado em abril de 2004 como uma iniciativa da estratégia Fome Zero do Governo Federal, o Banco de Alimentos da capital goiana recebeu R$ 66 mil do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para a sua implantação e, em 2009, foi selecionado para receber recursos do Ministério para a modernização das instalações.

A unidade está entre os programas especiais desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) e fica sediado junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Banco de Alimentos de Goiânia - assim como os outros que pertencem à rede apoiada pelo Ministério do Desenvolvimento Social - recebe as doações - mensalmente, chegam cerca de 2 mil quilos de alimentos, principalmente arroz, feijão, açúcar, farinha de mandioca, farinha de trigo, macarrão, frutas, verduras, óleo e leite em pó - avalia a qualidade dos produtos, os embala e distribui gratuitamente para entidades sociais. No caso de Goiânia, são 107. Entre elas, creches, abrigos, associações de portadores de deficiência física e mental, igrejas e casas de abrigo que atendem pessoas em situação de violência, a Casa de Acolhida Cidadã e o SOS Criança, além dos CRAS e dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS).

Esse programa tem como principais objetivos incentivar o combate ao desperdício de alimentos por meio da doação daqueles que por algum motivo não foram comercializados; combater a fome e a desnutrição; difundir informações sobre hábitos de higiene no manuseio e uso de alimentos; promover ações educativas com alimentos de baixo custo; disponibilizar dados sobre qualidade, aproveitamento integral e valor nutricional dos alimentos.

Entre os parceiros do Banco de Alimentos de Goiânia, estão a Conab, o Banco do Brasil, o Depósito Público, a Vigilância Sanitária, a Central de Abastecimento (Ceasa) e a Defesa Civil. O principal doador, a Conab, garante os alimentos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos dos Agricultores Familiares (PAA). Somente em 2009, o Banco de Alimentos doou cerca de 222 toneladas de alimentos, principalmente arroz e a farinha de mandioca.

Hortas - As equipes que trabalham na unidade goiana e na Conab também se dedicam a outra atividade que envolve segurança alimentar: na área onde ficam o Banco de Alimentos e a sede da Conab, há um espaço de terra desocupado que é utilizado para o cultivo de uma horta em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Nela, são cultivadas alface, cebolinha, couve, pimentão, salsa, acelga, repolho, e ainda há uma pequena criação de aves. Mensalmente, a colheita chega a 300 pés de folhas e 180 quilos de verduras. Toda a produção é direcionada ao Banco de Alimentos.

Doações – Quase 32 mil pessoas recebem doações de alimentos do Banco. O Núcleo de Irradiação Espírita Obreiros do Caminho é uma das entidades de assistência social beneficiadas. A instituição possui 150 famílias cadastradas permanentes e cerca de 100 crianças, além daquelas que aparecem pedindo ajuda. Todos são moradores do Setor Madre Germana I, no Município de Aparecida de Goiânia (GO), região metropolitana da capital.

“É uma região muito pobre e violenta; são famílias que moram em barracos e muitos não têm emprego”, conta o vice-diretor do Núcleo, Francisco de Assis Alencar, mais conhecido como coronel Alencar. Para ele, o Banco de Alimentos tem um papel fundamental como órgão arrecadador de alimentos que ajuda no combate ao desperdício. “Os alimentos estão sempre muito bem acondicionados e organizados, o cadastro é muito bem feito e o trabalho é bonito. Nunca teve no País essa dinâmica de distribuição de alimentos”, lembra.

MDS - O Programa de Bancos de Alimentos é uma iniciativa de abastecimento e segurança alimentar que tem como objetivo a redução do desperdício de alimentos, seu aproveitamento integral e a promoção de hábitos alimentares saudáveis. A ação contribui diretamente para a diminuição da fome de populações vulneráveis assistidas por entidades assistenciais.

O Ministério apoia a construção ou reforma predial e aquisição de equipamentos, materiais permanentes e de consumo para a implantação em Municípios com mais de 100 mil habitantes. Até o final de 2009, o MDS apoiou a implantação de 27 unidades em todo Brasil.


Adriana Scorza

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