“Para fazermos as grandes mudanças, para continuarmos ampliando e consolidando as grandes conquistas sociais que estamos tendo no nosso Brasil, nós precisamos cada vez mais integrar as políticas sociais. Inclusive, integrar o social e o econômico. As políticas sociais ajudam o crescimento econômico”. Com essas palavras, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, parabenizou os vencedores do Prêmio Rosani Cunha de Desenvolvimento Social, durante a cerimônia de premiação, nesta quinta-feira (25/3), em Brasília.

“Nós temos que manter e aperfeiçoar o prêmio. Tem que ser uma conquista definitiva do nosso ministério, das políticas sociais, dos nossos parceiros, dos governos estaduais e municipais, da sociedade civil, dos movimentos sociais. São ações governamentais e não governamentais comprometidas com a vida, com a inclusão social, com a dignidade humana. Ações voltadas para a promoção dos mais pobres, dos excluídos, dos idosos, pessoas portadores de deficiência, das nossas crianças e adolescentes e também daquelas que mais precisam”, defendeu Patrus Ananias.

O ministro ressaltou também a importância da atuação da ex-secretária nacional de Renda de Cidadania, Rosani Cunha, falecida em acidente de carro, em novembro de 2008. “A Rosani continua viva em cada ação do ministério”. Patrus Ananias citou, ainda, o importante trabalho de consolidação do Bolsa Família para a melhoria da vida dos brasileiros: “O programa atende mais de 12 milhões de famílias e é referencia mundial”.
Familiares de Rosani Cunha, secretários do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e outras autoridades assistiram a solenidade.

Premiados – Luciana Santos de Melo não escondia a felicidade ao receber o prêmio das mãos do ministro. Ela conseguiu o primeiro lugar por estudar e implementar uma pesquisa sobre a avaliação nutricional de crianças e adolescentes em uma escola municipal do Estado de São Paulo. A jovem baiana de 24 anos, que estuda Nutrição na Universidade de São Paulo (USP), estava emocionada: “ Eu sou uma vencedora. Estou contribuindo para a construção de um Brasil melhor”. Luciana concorreu na modalidade Estudos Acadêmicos (categoria estudante).

Assim como Luciana, Fabrício Fontes de Andrade também comemorava. Ele foi vencedor na modalidade Estudos Acadêmicos (categoria profissional) por desenvolver pesquisa sobre a implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Norte de Minas Gerais e as mudanças institucionais na política nacional de assistência social. “É a primeira vez que um pesquisador do Norte de Minas recebe um prêmio de grande importância como este. Estamos aqui compartilhando conhecimento, conhecendo outras realidades”, declarou Andrade.

Quem levou o primeiro lugar na prática municipal foi uma ação desenvolvida em Pão de Açúcar (AL). Edilson Lima - gestor do Programa Cisternas em Comunidades Rurais de Alagoas - estava exultante com o sucesso do projeto Acesso à Água em Comunidades Rurais do Território da Cidadania - Médio Sertão Alagoano. “Nós reunimos forças para mudar a realidade daquele povo sofrido do sertão. Tudo isso foi possível graças à ajuda do Ministério do Desenvolvimento Social”.

Boas ações - Com o tema Ações Integradas para a Proteção e Promoção Social, o concurso - que teve patrocínio da Caixa Econômica Federal - foi criado com o propósito de articular e integrar o debate e as reflexões entre pesquisas e estudos sobre a questão do desenvolvimento social e as práticas coordenadas por governos e pela sociedade civil organizada.

Seu principal objetivo é reconhecer e valorizar as boas práticas e estudos desenvolvidos nas áreas de assistência social, segurança alimentar e nutricional, transferência de renda e inclusão produtiva.

Premiação – Foram premiados, com a participação em missão internacional (com duração máxima de cinco dias) e missão nacional de intercâmbio (com duração máxima de quatro dias), os seguintes casos:

• a) os dois primeiros colocados entre as práticas de governos municipais;
• b) o primeiro colocado entre as práticas de governos estaduais e do Distrito Federal;
• c) o primeiro colocado entre as práticas da sociedade civil organizada;
• d) primeiro colocado entre os classificados na categoria profissional e o primeiro colocado entre os classificados na categoria estudante da modalidade estudos.

“Observamos vários critérios para o Prêmio, entre eles, a questão do impacto na vida dos beneficiários; e como e quais foram os resultados na melhoria da condição de vida da população atendida. Premiar, reconhecer e dar visibilidade a essas práticas e a esses estudos é o caminho para que essas políticas sociais brasileiras tenham êxito”, explicou a secretária de Avaliação e Gestão da Informação do MDS, Luziele Tapajós.

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