Foto Esquerda: O secretário Crispim Moreira cumprimenta Manoel de Almeida após assinatura do Formulário de Registro de Cisterna Construída
Foto Direita: Já no dia da inauguração, a Central de Distribuição do PAA recebeu diversos alimentos entregues pelos agricultores de Tauá
Em Tauá, o índice pluviométrico é um dos mais baixos do Estado do Ceará. Por ano, chove apenas 600 mm, insuficiente para garantir água à família que vive na área rural do Sertão dos Inhamuns. A instalação de cisternas de placas é a solução para o problema. E essa solução chegou para mais 400 famílias do Município nesta segunda-feira (26), quando elas assinaram o termo de recebimento das cisternas.
Para o agricultor Manoel Francisco de Almeida, 52 anos, morador do Povoado Castelo, acabaram suas pedaladas diárias de um quilômetro para buscar 50 litros de água, por dia, para o uso dele, da mulher e do filho. “De domingo a domingo tinha que ir duas vezes ao açude buscar água de bicicleta. Agora tenho água ao lado da casa. É um alívio”, lembrou ele, contente por ter sido beneficiado pelo programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Essas 400 cisternas fazem parte das 13.450 que estão sendo entregues no Município de Tauá. “A implantação das cisternas é uma conquista do trabalhador e da trabalhadora do Semiárido. Este ano, temos R$ 60 milhões no Orçamento para construir cisternas. É pouco. Queremos mais R$ 60 milhões para expandir a cisternas a todos moradores que precisam”, destacou o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Crispim Moreira, que entregoua Manoel o termo de recebimento das cisternas.
A construção das cisternas é feita em parceria com o governo do Ceará. O secretário estadual de Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana, disse que o Estado será sempre parceiro do MDS para a implantação das unidades. “Nossa meta é acabar com o carro pipa no Ceará. Para isso, queremos implantar 100 mil cisternas para resolver o problema da falta d água para as famílias”.
Agricultura Familiar - Além das cisternas, os secretários Crispim e Camilo também inauguraram, em Tauá, a Central de Distribuição do Programa de Aquisição de de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) e o Centro Comunitário de Produção de Leite. A Central é um local equipado com computador, balança, freezer, caixas de isopor e plástica para o recebimento da produção de 12 agricultores familiares – os alimentos serão distribuídos para oito entidades sociais.
A agricultora Maria Lúcia dos Santos foi a primeira a entregar os produtos: ovos caipira, doces de gergelim, mamão e coco. Beneficiária do Bolsa Família, do MDS, recebe R$ 90. Ela pretende aumentar a renda com o PAA. “Costumo vender em feiras e em casa. Mas não é uma renda fixa. Com o programa, é mais certo ter um dinheiro garantido”.
A instalação do Centro Comunitário de Produção de Leite é uma conquista para os produtores beneficiados pelo PAA. O centro é um tanque de resfriamento com a capacidade para armazenar 2 mil litros de leite cru por um período de até 48 horas. Ali, o produto é coletado pela usina beneficiadora. “Com esse tanque, não vamos mais esperar por muito tempo o leite ser coletado pela usina e correr o risco de perder a produção. Nós mesmos vamos levar o leite até o tanque”, disse o produtor Roque Feitosa Araújo, 64 anos, que fornece 30 litros diários para o PAA.
Tauá é o primeiro de todos os Municípios dos nove Estados do Semiárido atendidos pelo PAA Leite a ganhar o tanque. No Ceará, serão construídos mais 40 unidades com investimento total de R$ 1.337.237,47, sendo R$ 813.075,87 recursos do MDS e R$ 524.161,60 da contrapartida do governo estadual. A meta do Ministério é instalar 355 tanques desse modelo em todos os outros Estados. A instalação desses centros tem a cooperação técnica dos ministérios de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Pelo PAA Leite, ou Leite Fome Zero, depois que o produto é beneficiado em laticínios, é distribuído às famílias que se encontram em estado de insegurança alimentar e nutricional. É o caso da dona de casa Roseli Teixeira Silva, moradora de Tauá. Ela busca, duas vezes a cada semana, dois litros para completar a alimentação dois filhos. “Se eu fosse comprar teria um custo de R$ 90 por mês, o que seria impossível para mim”.
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