Teatro da cidadania

Grupo de teatro criado em Nova Lima (MG) usa temas diversos como ética, violência doméstica, alcoolismo, moral e dignidade para debater relevantes questões sociais com os beneficiários do Programa Bolsa Família

 

Fotos: Júlia Leal  

Foto Esquerda: O GIS é composto por psicólogos, assistentes sociais e pedagogo

Foto Direita: Além da temática social, durante as apresentações teatrais, os beneficiários do Bolsa Família são alertados sobre a importância do cumprimento das condicionalidades de saúde e de educação

 

Em 2008, a beneficiária do Bolsa Família Gislene Lúcio teve a oportunidade de assistir, pela primeira vez, a uma peça de teatro. Moradora do Município de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), ela ficou impressionada com a performance dos atores e resolveu levar os filhos para os espetáculos. Ao final de cada evento artístico, ela refletia sobre as mensagens transmitidas. “Achei o teatro um meio muito inteligente que arrumaram para incentivar as pessoas.”, explica.

Com peças que trazem títulos sugestivos como Flor da Verdade ou Alice no País do Trabalho, o Grupo de Intervenção Social (GIS) de Nova Lima utiliza a linguagem teatral para debater relevantes temas sociais com os beneficiários do Programa Bolsa Família, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

No ano passado, o GIS – composto por psicólogos, assistentes sociais e pedagogo - realizou seis grandes apresentações, sempre em torno de temas como violência doméstica, alcoolismo, ética e moral. Além disso, durante as atuações, os beneficiários são alertados sobre a importância do cumprimento das condicionalidades de saúde e educação e sobre os cursos de capacitação oferecidos aos participantes do Bolsa Família.

Participam das atividades promovidas pelo grupo mineiro cerca de 1.130 famílias. “A ação é um sucesso porque promove peças teatrais que tratam de temas importantes para a mobilização e o desenvolvimento das famílias assistidas”, comemora o diretor do GIS, Haender Rosa. Além de diretor, ele é também ator e roteirista das peças. “De maneira lúdica, levamos mensagens de apoio e cuidado à vida dos beneficiários. E vemos os ótimos resultados. É muito gratificante participar deste trabalho”, se empolga.

Motivação – Através da peça Alice no País do Trabalho, o GIS falou sobre a importância da capacitação profissional e inserção dos beneficiários no mercado de trabalho. Após assistir a apresentação, Gislene Lúcio se sentiu motivada a fazer um curso de cabeleireira. Percebeu que tinha habilidade para trabalhar na área e montou um pequeno salão de beleza em sua casa. “Com o dinheiro do Bolsa Família e do meu trabalho eu consigo sustentar os meus três filhos sozinha”, conta a mineira, que diz ter passado por dificuldades quando se separou do companheiro.

Gislene ficou tão entusiasmada com as artes cênicas que resolveu matricular suas crianças no grupo de teatro formado por filhos de beneficiários do Bolsa Família. Lá os pequenos também têm aulas de dança e canto. “Eles adoram. Chamaram todos os coleguinhas para participar”, diz Gislene. Agora ela quer cumprir promessa feita após assistir a uma peça. “ Prometi pra mim mesma que iria conseguir uma renda fixa e entregar o cartão do Bolsa Família. Esse programa é muito importante pra vida dos brasileiros, mas precisamos saber que temos que conseguir a emancipação e dar a oportunidade a quem precisa”, diz.

Fernanda Souza

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