Analisar os avanços e desafios encontrados por países em desenvolvimento na superação da pobreza e da desigualdade social, e também o papel que as nações vêm desempenhando para melhorar as condições de vida de suas populações. Este é o propósito do Simpósio Internacional Sobre Desenvolvimento Social, que acontece em Brasília (DF), nos dias 5, 6 e 7 de agosto. Organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o evento contará com a presença de autoridades e especialistas nacionais e internacionais que debaterão o assunto no contexto da crise econômica mundial.
O formato do evento, que tem como tema “Políticas Sociais para o Desenvolvimento: Superar a Pobreza e Promover a Inclusão”, será o de painéis. Ao todo acontecerão seis, onde os convidados analisarão os modelos e políticas públicas colocadas em práticas em países da Europa, África, América Latina e Ásia para promover o desenvolvimento social.
No dia 5, às 17 horas, o Simpósio tem início com uma conferência magna que deve ter a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros Patrus Ananias (MDS), Celso Amorim (Relações Exteriores), e da diretora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento para a América Latina (PNUD), Rebeca Grynspan. Às 19 horas, será realizada a conferência de abertura com o tema: “Desenvolvimento, Crescimento e Superação da Pobreza: Desafios Colocados pela Crise Internacional”.
No segundo dia, a programação prevê quatro painéis, que começam a partir das 8h30. No primeiro, “Pobreza, Desigualdade e Vulnerabilidade Social frente à Crise”, o debate proposto é sobre os efeitos que o declínio de indicadores nutricionais, educacionais e de saúde podem causar ao longo da vida das pessoas, além dos impactos negativos entre gerações para uma inclusão social digna e significativa. Logo após, às 11h, no painel “Promover o Desenvolvimento Social no contexto da Crise: Desafios para o Estado e as Políticas Públicas”, os especialistas discutem se a melhor política é crescer economicamente para reduzir a pobreza ou implementar políticas dirigidas às necessidades dos mais pobres, ou ainda, ao invés de colocar crescimento econômico e proteção social em campos opostos, propor políticas sociais que estimulem a demanda interna, com efeitos multiplicadores.
Na parte da tarde, às 14h30, no terceiro painel “A Proteção e Promoção Social em Países em Desenvolvimento: Tendências e Novas Perspectivas Face à Crise”, os convidados tratam da questão sobre como as políticas sociais podem ampliar capacidades e gerar oportunidades em um contexto de crise. No último debate do dia, às 17h30, “Pobreza e Desigualdade em áreas Metropolitanas: Dimensões e Perspectivas para a Inclusão Social”, tem destaque as políticas de educação e de inclusão socioprodutiva, com relevância para a área de capacitação e qualificação profissional, como chaves para a redução da pobreza, promoção da igualdade e construção de sociedades includentes.
No último dia, a partir das 8h30, durante o painel “Experiências da Proteção e Promoção Social em Países em Desenvolvimento” serão apresentadas as diferentes práticas de estruturação das redes de proteção e promoção social, suas principais estratégias e desafios, buscando identificar semelhanças e inovações com os modelos tradicionais. Às 11h começará o último painel, “Perspectivas para a Proteção e Promoção Social no Mundo pós-Crise”, que examinará as expectativas dos sistemas de proteção e promoção social em uma conjuntura de crise econômica profunda, explorando as possibilidades de novos arranjos políticos, econômicos e institucionais que viabilizem a construção de novos patamares de bem estar e de sociedades mais solidárias, mais justas e menos desiguais.
O período da tarde, quando a programação começa às 15h, está reservado para a sessão especial intitulada “O Lugar do Estado e das Políticas Sociais para o Desenvolvimento”, onde os debatedores serão o ministro Patrus Ananias; o comissário do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Igualdade de Oportunidades da União Européia, Vladimir Spidla; a comissária de Assuntos Sociais da União Africana, Bience Gawanas; e Carlos Lopes, diretor-executivo do Instituto das Organizações das Nações Unidas para Formação Profissional e Pesquisa (UNITAR). Às 16h30, está prevista a conferência de encerramento.
O público do simpósio é formado por representantes do Governo Federal e demais poderes da República, pesquisadores brasileiros e internacionais, representantes da sociedade civil organizada e convidados estrangeiros.
André Carvalho
ASCOM/MDS
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