Inaugurada em julho deste ano, a Casa de Cursos de Dom Pedrito (RS), veio para unificar os programas da área de assistência social do Município gaúcho. Atualmente, estão envolvidas nos projetos 700 famílias, subdivididas em três grupos, por faixa de renda: Cesta Solidária; Geração de Trabalho e Renda; e Orientação e Apoio Sociofamiliar (OASF). A orientação dos grupos fica sob a responsabilidade de uma psicóloga, uma assistente social e uma monitora.

Para participar dos cursos – entre eles os de culinária, crochê, tricô, pintura em tecido e madeira, traçado em fita e artesanato com material reciclável - é preciso estar incluído no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, ou simplesmente, Cadastro Único. À disposição dos aprendizes, há uma sala de corte e costura e também uma cozinha industrial. Neste caso, todos os equipamentos utilizados, como liquidificadores, fornos, batedeiras e fogões industriais foram adquiridos com recursos do Índice de Gestão Descentralizada (IGD), repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), aos Municípios, para apoiar a boa gestão do Programa Bolsa Família.

Em Dom Pedrito, os beneficiários do programa de transferência de renda do Governo Federal inscritos na Casa de Cursos estão enquadrados em dois grupos: o Cesta Solidária e o de Orientação e Apoio Sociofamiliar.

Na opinião da Secretária Municipal do Trabalho e Assistência Social, Helena Coradini, os programas desenvolvidos na cidade gaúcha são fundamentais para a inclusão social: “Trabalhamos e apoiamos estas famílias, para modificar a qualidade e os modos de vida. Com a implantação da Casa de Cursos, foi possível organizar e qualificar a população”, afirma a secretária.

A dona de casa Vera Firmo, satisfeita, dá uma amostra do entusiasmo provocado pelas aulas: “Estou muito contente em participar dos cursos oferecidos. Entrei no plano de hortas e hoje tenho uma horta maravilhosa. Nossa instrutora nos ensina muitas coisas. Para mim, estes cursos são muito bons, tenho problemas cardíacos e isto é um incentivo, pois eu estava desanimada, não queria mais trabalhar e nem fazer mais nada. Mas agora, graças a Deus, estou aprendendo muito com os cursos, que modificaram minha vida”.

CESTA SOLIDÁRIA - São cerca de 280 mulheres, em grupos de 25 a 30, que recebem orientação e apoio em atividades de inclusão produtiva. Elas devem estar enquadradas na faixa de renda abaixo da linha da pobreza, R$ 70,00 do Bolsa Família. A cada quatro presenças nos cursos oferecidos, a participante ganha uma cesta de alimentos.

GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA - Estão enquadradas as famílias que ganham até três salários mínimos. São beneficiadas pelos mesmos cursos, com palestras e orientações sobre vários temas, entre eles, direitos da criança e do adolescente. Por estarem enquadrados nesta faixa de renda, não recebem a cesta pela participação.

ORIENTAÇÃO E APOIO SOCIOFAMILIAR - São enquadradas nos cursos de culinária.

PROJETO DE HORTAS DOMÉSTICAS - Sob a orientação da nutricionista Reni Rokemback - que avaliou o perfil nutricional de 235 usuárias inseridas nos grupos de trabalho e geração de renda da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social - foram desenvolvidos projetos na área de segurança alimentar e nutricional. Entre eles, o de Hortas Domésticas, cujos equipamentos - pás, enxadas, regadores e sementes para o cultivo de hortas residenciais – também foram adquiridos com recursos do IGD. O principal objetivo é o incentivo ao consumo de alimentos saudáveis. Atualmente, 50 famílias participam da ação. Elas recebem as sementes, as mudas e os equipamentos para o cultivo das hortas. Também são realizados cursos de aproveitamento integral de alimentos e processamento de hortaliças, entre outros, visando à utilização dos produtos cultivados nas hortas. O projeto conta com o apoio de uma agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura para orientações técnicas.

Gislene Alves

ASCOM / MDS
(61) 3433-1021