Estados nordestinos se destacam no monitoramento de saúde do Bolsa Família

Dois Estados nordestinos são exemplo quando o assunto é acompanhamento das informações de saúde exigidas pelo Programa Bolsa Família. Rio Grande do Norte e Ceará registram, até o momento, o maior número de informações sobre beneficiários do programa que devem se submeter à vacinação, pesagem, medição e exames de pré-natal. A cada seis meses, todas as cidades brasileiras precisam prestar contas do acompanhamento da saúde dos cidadãos que recebem o benefício. Neste semestre, o prazo termina em 30 de junho. Até o dia 30 de maio, um mês antes do fim do prazo, 23,5% das famílias beneficiárias de todo o País já haviam sido acompanhadas.
           
Orgulhosa, a coordenadora da condicionalidade de Saúde do Bolsa Família do Rio Grande do Norte, Rosângela Medeiros, destaca o constante bom desempenho de seu Estado na saúde. “Desde janeiro de 2006, ou seja, há quatro semestres seguidos, somos  a unidade da federação que fica em primeiro lugar no acompanhamento da saúde”, comemora. Para alcançar a liderança, o Rio Grande do Norte contou com uma estratégia afiada, aliada à geografia local. Como os 167 municípios estão próximos uns dos outros, a comunicação flui com mais facilidade e as visitas ficam mais acessíveis.
           
A tecnologia também tem papel fundamental na boa posição das cidades potiguares. A Coordenação Estadual de Informática  criou um endereço eletrônico para cada uma das Secretarias Municipais de Saúde. Toda semana, os gestores do programa conferem os dados disponíveis sobre o andamento do programa em cada cidade. Quem não corresponder às expectativas recebe imediatamente um e-mail com orientações. Se o problema persistir, o agente de uma das seis Regionais de Saúde do Rio Grande do Norte faz uma visita à cidade, para ajudar a solucionar o problema. “Assim, todos sentem que precisam qualificar o trabalho, para não prejudicar as famílias beneficiárias”, explica Rosângela Medeiros.
           
A corodenadora destaca que os resultados seriam ainda melhores se houvesse uma integração maior entre as áreas de saúde, educação e assistência social. No último semestre, o Estado chegou a 71,4% do total do acompanhamento em saúde e pretende, desta vez, ultrapassar os 90%. A um mês do fim do prazo, 32,4% das famílias beneficiárias  já foram acompanhadas.
           
O Rio Grande do Norte ainda pode conquistar o primeiro lugar desta vez, mas, por enquanto, quem ocupa a dianteira no processo de envio das informações de saúde é o Ceará, que conta com o apoio dos dados disponibilizados pela Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição (CGPAN), do Ministério da Saúde.
           
Assim que recebem as informações de cada município, os gestores estaduais traçam um raio-x dos problemas e partem para as visitas. Neste corpo a corpo, a participação dos funcionários das 21 Regionais de Saúde do Ceará é fundamental. “O que faz a diferença é o acompanhamento e o apoio que damos aos municípios”, afirma a coordenadora de Saúde do Bolsa Família no Ceará, Meire Silveira. Cerca de 33,3% das famílias cearenses tiveram acompanhamento registrado.

Mariana Moreira

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