Papel do gestor municipal é destacado pelo ministro Patrus Ananias ao falar da promoção da igualdade racial

“Um bom prefeito hoje pode eliminar a fome, a desnutrição e a pobreza extrema no seu município.” A afirmação é do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, ao ressaltar a importância de eleger gestores municipais comprometidos com a área social. “São eles que administram os programas e as verbas de R$ 28 bilhões (orçamento de 2008) do Ministério em âmbito municipal”, salientou o ministro durante sua participação hoje (26/03) no VII Encontro Nacional do Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial, em Brasília.

Patrus Ananias  fala no Encontro do Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial - Bruno Spada

 

Em seu pronunciamento, Patrus Ananias relacionou uma série de ações do Ministério destinado às comunidades quilombolas e indígenas, como os projetos de melhoria de condições socioeconômicas, inclusão produtiva e digital, construção de cisternas, segurança alimentar e geração de trabalho e renda, além da implantação de de Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). O ministro citou ainda os programas Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada.
O encontro teve a participação de ministros, secretários de governo, parlamentares e prefeitos. Uma das parcerias mais enaltecidas foi projeto Brasil Quilombola, que une a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Ações afirmativas: Apesar das dificuldades para corrigir as injustiças históricas cometidas contra os afrodescendente, o ministro afirmou que, no governo do presidente Lula, a promoção da igualdade racial ganhou estrutura inédita, “transformada em  política governamental voltada à melhoria da vida da população negra e de outros grupos étnicos discriminados.”

Na mesma linha do ministro Patrus Ananias, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial, Carlos Santana (PT-RJ), enfatizou: “Temos que fortalecer as prefeituras, crias superintendências, secretarias, coordenações.” O  deputado federal destacou que a Seppir começou um processo revolucionário, “por fazer com que o país reconheça a dívida que tem com os negros”.

Edson Santos, ministro da Seppir, organizadora do encontro, destacou a importância de firmar parcerias, em todo o país, para investir em ações afirmativas. Segundo ele, já são 490 órgãos que defendem a igualdade racial e a proposta é chegar a 800 até 2010. Para atingir as metas, a Seppir vai destinar R$ 18 milhões às políticas raciais em estados e municípios. “É com o trabalho junto às novas gerações que acabaremos com o ranço do preconceito, velado ou claramente exposto, que ainda marca a nossa sociedade”, apontou. O desafio futuro, para ele, é a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial.

Mariana Moreira
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