Centro de Referência de Assistência Social é
esperança de vida melhor em Salto de Pirapora (SP)


Dimas Ximenes/MDS Dimas Ximenes/MDS
Em Cristalina (GO), os representantes haitianos, acompanhados do diretor Cesar Medeiros (ao centro), ouviram explicações sobre o funcionamento do PAA Entrega dos produtos PAA à Escola Municipal Valdete dos Santos Abadia.

Lucas, Matheus, Marcos, João Vitor e Stefany compõem a família do casal Selma e Sebastião. Graças ao trabalho desenvolvido no CRAS do município paulista eles experimentam mudanças significativas no dia-a-dia

“No fundo, no fundo, bem lá no fundo, a gente gostaria de ver nossos problemas resolvidos por decreto.” Os versos do escritor e compositor Paulo Leminski traduzem, de certa forma, o sentimento daqueles que passam por situações delicadas. Na vida da dona-de-casa Selma Aparecida Munhoz, 28, moradora de Salto de Pirapora (SP), o desejo de amenizar as dificuldades – sobretudo para melhorar as condições de vida da família e incentivar os filhos a desenvolverem suas habilidades – não foi diferente.

Beneficiários do Bolsa Família, programa coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Selma e o marido Sebastião Carlos de Oliveira, 38, descobriram algo além da transferência de renda: o fortalecimento familiar proporcionado pelas atividades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Como unidade pública destinada à prestação de serviços e programas socioassistenciais (como o Programa de Atenção Integral às Famílias – PAIF) de proteção social básica a famílias e indivíduos, o CRAS de Salto de Pirapora é um dos mais de três mil que recebem co-financiamento do MDS em todo o País.

Oportunidades – Com capacidade para atender a 300 famílias em situação de vulnerabilidade e risco social, o CRAS do município paulista representa hoje o segundo lar para a família de Selma Munhoz. “No CRAS, nossas crianças participam de quase tudo, como as aulas de informática e artesanato infantil, por exemplo. Eles agora pensam no futuro. O mais velho, Lucas, de 13 anos, quer ser desenhista. Nossa esperança é que, mais adiante, o CRAS também ofereça esse tipo de curso”, conta.

Selma entende que o Centro de Referência de Assistência Social é um espaço em benefício de toda a família, pois, além dos cursos oferecidos e do acompanhamento que a equipe da unidade faz, o CRAS orienta e encaminha o público, quando necessário, para outras políticas. Ao comentar as dificuldades para cuidar de cinco crianças, Selma afirma que não é fácil, ainda mais quando uma delas exige cuidados especiais. É o caso de João Vitor, 6 [Claudia, ele completará em 25 de setembro], que sofre de um tipo de distúrbio neurológico e, graças ao CRAS, recebe hoje acompanhamento psicológico gratuito.

Nos momentos mais difíceis, lembra Selma, a sua família contou com a solidariedade dos vizinhos, de quem recebeu ajuda no período em que o marido esteve desempregado. “Fiz o curso de panificação, mesmo não podendo trabalhar fora, pois preciso tomar conta da casa e das crianças. Ainda bem que o meu marido conseguiu emprego, depois de cumprir pena de dois anos e meio na prisão”, diz. Hoje, com as atividades desenvolvidas no CRAS, a jovem dona-de-casa acredita que Lucas, Matheus, Marcos, João Vitor e Stefany terão melhores oportunidades de estudos e de trabalho.

Atividades – Coordenado por Mariane Bragante, 22, o CRAS de Salto de Pirapora funciona desde abril de 2007. Segundo ela, atualmente, a unidade – que conta com uma equipe de psicólogo, assistente social, professores de informática e de artesanato, recepcionista e auxiliar de serviços gerais – desenvolve oito cursos: pintura em tela, pintura em guardanapo, biscuit, informática, artesanto infantil, tricô/tear, panificação e bijuteria. Ela acrescenta que o curso de teatro está na fase de férias e retornará em dezembro.

Sobre a importância da articulação com outras políticas, a coordenadora do CRAS cita o projeto Gerando Mães (GEMA), desenvolvido em parceria com a política de saúde de Salto de Pirapora, com objetivo de orientar as gestantes, por exemplo, quanto aos cuidados com o recém-nascido e sobre as mudanças físicas e psicológicas na vida da mulher durante a gestação. “Tentamos desenvolver, da melhor maneira possível, o acolhimento e o acompanhamento familiar. Assim como na família de Selma, percebemos que, com as nossas atividades, a estrutura familiar vai se modificando. E isso é importante”, avalia Mariane Bragante.

Aline Menezes
Informações para a imprensa

Aline Menezes / Ana Soares / Rogéria de Paula
(61) 3433-1065 / 3433-1051 / 3433-1105
ASCOM / MDS

 

Assessoria de Imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Tel.: (61) 3433-1021