11/03/09 Trabalhadores da Ulbra decidem por greve no caso de novo calote nesta quinta Autor: Polibio Braga Polibio Braga Online (11/03/09) - Já que os professores da Ulbra não tiveram organização, coragem ou interesse em partir para uma greve geral, apesar dos sucessivos calotes que recebem, pelo menos os trabalhadores de colarinho branco da universidade resolveram entornar o caldo. A reitoria da Ulbra não entende outra linguagem, porque esta semana promoveu um calote em cima do calote. O juiz da 3ª. Vara da Justiça do Trabalho de Canoas deu 48 horas para o reitor Rubem Becker pagar o que assinou com os próprios juízes na semana passada ou irão a leilão os imóveis da universidade em Gravataí. Nesta quarta-feira a tarde, a assembleia geral do Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar de São Leopoldo e Região (SAAESL), reuniu dezenas de funcionários que lotaram o auditório 119 do prédio 6 do Campus Canoas. A assembleia foi marcada para a votação da proposta elaborada entre reitoria e sindicato. Após muita discussão e descontentamento dos funcionários, a proposta foi aceita com uma condição: caso não seja cumprida qualquer parte da proposta, todos os funcionários entrarão em greve na sexta-feira, dia 13/03. Isso já vale para o salário de fevereiro que deverá ser pago integralmente a todos os funcionários nesta quinta. - A Ulbra não pagou fevereiro, deve o 13º salário e atrasados de dezembro e janeiro. Ninguém consegue entender por que não se envolvem no caso o MEC, os deputados federais e estaduais gaúchos, os vereadores e o prefeito de Canoas. Já passou da hora de uma poderosa intervenção do MEC na Ulbra, com a destituição de toda a reitoria. Gestores da Ulbra nos enrolaram direitinho - ou, Nosso infortúnio será fruto de nosso medo e imobilidade Autor: Blog Crise na Ulbra Blog Crise na Ulbra (11/03/09) - Após uma análise dos últimos acontecimentos, ficamos pensando se o único objetivo do acordo firmado pela Ulbra com os professores não foi apenas o de garantir a realização do vestibular do dia 7 de março. Neste caso, o esforço do sindicato e a expectativa dos professores durante o processo foram em vão. O mais provável é que, na verdade, a Ulbra nunca pretendeu (ou nunca soube como iria) honrar o acordo. O rebento nasceu. Mas nasceu morto. Torna-se cada vez mais claro que tal acordo serviu apenas para que os professores não entrassem em greve, garantindo assim o vestibular tardio. Trouxas fomos nós, massa de manobra da reitoria, que acreditamos na palavra de quem já está acostumado a descumprir decisões judiciais. Agora, estando o início do semestre garantido, a Ulbra novamente irá enrolar seus funcionários, mês após mês, com promessas que, como sempre, nunca serão cumpridas. Pior. O mecanismo de enrolação é conhecido por todos: Os gestores deixam de pagar os salários até que a paciência (ou o desespero) de determinada categoria chega ao limite. Quando eles (gestores) pressentem que o clima está propício para uma paralisação, alguns salários são pagos. Outro movimento interessante é quando eles vêm com promessas de que os salários serão pagos na próxima quarta, na próxima sexta, na próxima semana... Ou, ainda, quando divulgam informações sobre aquele empréstimo FABULOSO e SALVADOR que o reitor irá fechar com um grande banco. Resultado de sempre: desmobilização. E o baile prossegue. Uma categoria por vez. Um setor por vez. Previsível, como sempre. Assim como o nosso comportamento é previsível para eles, os gestores. Como se fôssemos relógios. Dão-nos corda, então funcionamos. Máquinas confiáveis despertaram na hora programada por eles. Quando estamos emperrando, nos dão corda de novo. Grandes (e maus) exemplos! É o que somos... Torcendo para que alunos, familiares e amigos não nos descubram nesta passividade, nesta situação humilhante. É que todo mundo está a espera de uma reação nossa. Uma reação positiva. Mas, com cada um afundado na sua própria letargia, contaminamos uns aos outros. Há que se observar que todas as categorias (funcionários administrativos, técnicos, professores, médicos, enfermeiros, etc.) têm caído sistematicamente na estratégia da reitoria. Por outro lado, temos que reconhecer que os gestores da Ulbra estão agindo como lhes convém, de acordo com as prioridades e necessidades deles. Enquanto que nós, empregados, estamos agindo exatamente como convém aos gestores da Ulbra. Conclusão: Nosso infortúnio será fruto do nosso medo e imobilidade. Triste, não? EXECUÇÃO DO ACORDO JUDICIAL: Ulbra tem 48 horas para pagar cerca de 26 milhões devidos aos professores "Na manhã de segunda-feira, dia 09/03, o Sinpro/RS encaminhou à Justiça do Trabalho de Canoas o pedido de execução do Acordo Judicial, conforme decisão da Assembleia Geral dos professores, realizada sábado, dia 07. A petição foi recebida pelo juiz da 3ª Vara, Luiz Fernando Henzel, que oficiou à Ulbra, concedendo o prazo de 48 horas para o pagamento do montante do acordo." Atenção para uma situação extremamente grave: Além da dívida com os professores, por conta de atrasos salariais que incluem o ano de 2008, a Ulbra deve para todas categorias de trabalhadores (e são várias). Soma-se a esta dívida as dívidas perante o sistema bancário, União e fornecedores. A atual gestão já deu várias provas de que não tem capacidade nem credibilidade para resolver a questão salarial e financeira da universidade. Se não pararmos a Ulbra agora, ela irá parar dentro de meses. Por conta própria e definitivamente. ENCAMINHAMENTO DE DENÚNCIAS: Para aqueles que ainda são humanos e querem continuar mantendo-se dignos. A advogada do Sinpro/RS considerou que seria proveitoso que fizéssemos o relato de denúncias acerca das relações de trabalho na Ulbra (atrasos, constrangimentos, DISTRIBUIÇÃO DE VALES TRANSPORTE ROUBADOS, rescisões não pagas, etc) para a Procuradora do Trabalho Paula Roussef Araújo: paula@prt4.mpt.gov.br Descaso da reitoria da Ulbra leva trabalhadores a decidirem por greve para garantirem o sustento de suas famílias Fonte: Blog da FEESSERS - Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul Blog da FEESSERS (11/03/09) - Em Assembleia Geral realizada ontem (09/03) os trabalhadores da saúde da Ulbra deliberaram paralisar suas atividades a partir de hoje (10/03) e se até o final da semana a reitoria não apresentar nenhuma proposta de pagamento dos salários, os funcionários dos três hospitais - Luterano, Independência e Universitário - e da Ulbra Saúde entram em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira dia 16 de março de 2009. O Clube Independente estava lotado na Assembleia Geral dos Trabalhadores da Saúde dos hospitais da Ulbra convocada pelo Sindisaúde-RS. Todos eles indignados com o fato de que mais uma vez foram desrespeitados pela Reitoria que não apresentou uma proposta de acordo que estabeleceria um cronograma de pagamento dos salários em atraso. A revolta dos presentes era visível e foi marcada pelas manifestações de desespero no momento que o presidente do sindicato João Menezes anunciou a má notícia. “Infelizmente o compromisso que a Ulbra havia assumido de formalizar um acordo não foi cumprido e no momento não temos nada para apresentar a vocês”, lamentou. A partir daí, todas as manifestações foram no sentido de paralisação total em todos os hospitais a partir de hoje. Ao final da Assembleia foi deliberado pela maioria dos participantes que o Sindisaúde-RS lançará amanhã (11/3) nos jornais um Edital de Greve e serão cumpridas as 72 horas exigidas por lei, já que trata-se de serviço essencial à população, e a partir de segunda-feira (16/3) serão fechados os três hospitais do Complexo Ulbra e será permitido apenas o atendimento dos casos de urgência e emergência e garantido o atendimento aos pacientes atualmente internados. O Sindisaúde-RS compreende que a deliberação tomada pelos trabalhadores é justa e no momento certo tendo em vista que não suportam mais esta crise e que o prazo legal de 72 horas para o início da greve sirva também para que a reitoria perceba a gravidade da situação e tome uma atitude positiva para evitar o mal maior. Greve - Ceulp/Ulbra diz não ter previsão de pagamento de salários Autor: Danillo Neres Jornal do Tocantins (11/03/09) - Em assembleia geral realizada na última terça-feira, 10, no auditório do Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp-Ulbra), os professores da instituição decidiram entrar em greve até que os salários de janeiro, fevereiro, o 13º e férias atrasados sejam pagos. No entanto, a greve passa a valer somente a partir de sexta-feira, 13, em respeito ao prazo legal de 48 horas para deflagrar a greve. Em nota, a assessoria de comunicação do Ceulp informou que as aulas serão mantidas durante esse período, e que o diretor havia convocado os coordenadores dos cursos na manhã desta quarta, 11, para discutir o recesso, mas não adiantou, porém, a previsão para o pagamento. A crise financeira da instituição luterana se agravou em 25 de setembro de 2008 quando perdeu seu status de filantrópica. De lá, a instituição vem sofrendo com o número cada vez menor de egressos e, consequentemente, menor fluxo de caixa. “Há tempos a Ulbra vem sofrendo com a crise. Porém o reflexo disso veio mais tarde, e justamente nos salários dos professores”, pontuou uma professora que votou a favor da greve. Cerca de 150 professores participaram da última assembleia, que culminou na aprovação da paralisação. Mas a decisão não foi unânime: dos profissionais que participaram, 65 votaram contra. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Escolas Particulares de Palmas e Região (Sinteppar-TO), a determinação da justiça confere que sejam bloqueados R$ 2 milhões na conta da universidade, como forma de assegurar os pagamentos. Segundo o presidente do Sintepar, Aníbal Fontoura, os professores só devem retornar ao trabalho quando todos os salários atrasados estiverem em dia. Ainda de acordo com o presidente, uma outra assembleia deve ocorrer na sexta-feira, às 19h, no Ceulp-Ulbra. Professores decidem entrar em greve Crise Ulbra Ecos do Tocantins (11/03/09) - Os professores do Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra) decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira, dia 10, pelo início da greve. A classe reivindica os salários de janeiro e fevereiro que estão atrasados, e mais 13º e férias, que ainda não foram pagos. A decisão foi tomada com 95 votos a favor, 65 contra e algumas abstenções. As aulas serão mantidas até sexta-feira, dia 13, pois tem que se respeitar o prazo de 48 horas para que a greve seja deflagrada. Outra assembleia deve ocorrer na sexta-feira, às 19 horas, no Ceulp-Ulbra. Aproximadamente R$ 2,6 milhões deverão ser bloqueados na conta da Ulbra, como forma de assegurar os pagamentos. Caso sejam bloqueados, os valores ficarão à disposição do Juízo, que transformará em penhora. O juiz provavelmente determinará uma tentativa de acordo. Caso não haja acordo, a ação vai seguir seu curso normal e pode levar 90 dias ou até mais. A decisão sobre o bloqueio do dinheiro deverá ser tomada ainda nesta quarta-feira, dia 11.
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Documento produzido pelo Núcleo de Análise de Mídia da Informe Comunicação. Sugestões: clippingulbra@informe.jor.br |
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