03/04/09 a 06/04/09 Hospital Universitário amplia serviços
Diário de Canoas (03/04/09) - O Ministério da Saúde anunciou o credenciamento do Hospital Universitário Ulbra, em Canoas, para realização de cirurgias de alta complexidade e tratamento em traumato-ortopedia. Para a universidade, isto representa a diminuição da espera por atendimento de centenas de pacientes que aguardam na fila do SUS em Canoas, Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana, e do interior do Estado que também se beneficiarão com o serviço. Entre os atendimentos com maior demanda estão procedimentos na área de coluna, quadril e joelho. O Hospital Universitário, no campus, informa que possui toda a estrutura física e equipamentos para a realização dos procedimentos cirúrgicos, além de equipe de ortopedistas especializados em técnicas de cirurgia da coluna e extremidades. Conforme a instituição, a implantação dos serviços de traumato-ortopedia permitirá atendimentos adulto, pediátrico e de urgência. As avaliações pré-operatórias terão inicio assim que a implantação estiver concluída.
Salários de março Autor: Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) Sinpro (04/04/09) - Às 18h de sexta-feira, 3, em contato com o setor financeiro da Ulbra, o Sinpro/RS foi informado do “pagamento da parcela do acordo” aos professores que recebem pelo banco Bradesco e que, para os professores que recebem pelo Banco do Brasil, estava "em processamento o pagamento de parte da parcela". A mesma fonte informou ainda a inexistência de perspectivas para pagamento do salário de março. As manifestações dos professores por e-mail neste sábado confirmam essas informações e já dão uma idéia da indignação causada por mais esse atraso. No entendimento do Sindicato dos Professores, essas alegações da Ulbra têm o objetivo de confundir e tumultuar a execução do acordo judicial que tramita na 3ª Vara da Justiça do Trabalho de Canoas. O Sinpro/RS considera que, face ao processo de execução do acordo judicial descumprido pela Ulbra já no dia 5 de março, os depósitos feitos na última sexta-feira aos professores representam pagamento, mesmo que parcial, do salário de março. Não tendo sido paga a totalidade dos vencimentos de março, o Sinpro/RS ajuizará, já na próxima segunda-feira, nova Ação Coletiva visando o pagamento da integralidade dos salários. Professor, agora a Ulbra lhe deve oficialmente Autor: Blog Crise na Ulbra Blog Crise na Ulbra (04/04/09) - Bingo! Como previmos, mais uma da Ulbra! O tratamento que a reitoria nos dispensa resulta de nossa atitude passiva. É como se tratassem com gado. Mas estão eles certos, pois nossa reação é característica dos bovinos. Por exemplo, este blogue estava prevendo o não pagamento do salário de março há algum tempo. Mas, ao que tudo indica ninguém levou a sério. Acreditaram, mais uma vez, na palavra dos emissários da reitoria. Porém, e infelizmente, acertamos mais uma vez, pois é fácil fazer previsões com relação à atual gestão. Agora, a tendência é que 4 vire 5. E vai virar se depender deles. Colega lute pelos seus direitos. Não espere pela justiça. Escreva para o sindicato. Chame uma assembléia.
50 Empresas do bem Conheça as companhias que uniram os conceitos de sustentabilidade e inovação e, assim, reinventaram seus modelos de negócios e o modo de se relacionar com as comunidades onde estão instaladas Autor: Da Redação DINHEIRO selecionou 50 histórias de organizações empresariais que buscam (e têm conseguido) unir sustentabilidade e inovação. De comum nesses casos, há o forte impacto provocado na sociedade por investimentos nesse sentido, mesmo que não envolvam grandes somas de dinheiro. Além disso, pode-se notar que as empresas bem-sucedidas nesse campo respeitam uma regra básica do mundo corporativo: nunca brigue com o mercado. Ações sustentáveis só terão bom retorno se atenderem às necessidades dos clientes e respeitarem a lógica de negócios. Para conciliar tantas variáveis, os antigos padrões de administração já não são suficientes. Somente com inovação e postura mais arrojada é possível se adaptar ao novo mundo que se impõe. 1 A montadora gaúcha AGRALE é uma empresa que costuma surpreender. Apesar do pequeno porte, quando comparada às rivais transacionais, ela tem longa tradição de inovação. Sua mais recente criação é uma família de tratores que rodam com uma mistura de 25% de biodiesel. Trata-se do primeiro equipamento do gênero no mundo com essa característica. O produto foi desenvolvido em parceria com a Financiadora de Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep) e a Universidade de Caxias do Sul (RS). Ele nasce com a missão de garantir o lugar da empresa no debate sobre combustíveis renováveis. Seu grande mérito é viabilizar a utilização de culturas locais como palma e mamona, no Norte e no Nordeste, e soja e girassol, no Centro-Oeste e no Sul. A vantagem é que a mistura pode ser feita diretamente na fazenda, sem a necessidade de qualquer ajuste no motor. "Estamos dando nossa contribuição para o desenvolvimento da agricultura familiar", destaca Hugo Zattera, presidente da Agrale. Mais que uma boa ação ou uma atitude, digamos, ecológica, a montadora sabe que essa vertente é estratégica para seu negócio. Isso porque os veículos destinados à agricultura familiar respondem por cerca de 50% das receitas com a venda de tratores com a grife Agrale. 2 Todos os dias, a ALCOA funde 9.575 toneladas de alumínio e fabrica 8.810 toneladas de produtos de alumínio no mundo. Com tais volumes, é significativo que a companhia tenha estabelecido mundialmente a meta de, até 2010, reduzir em 25% as efeito estufa em relação ao registrado em 1990. Esse objetivo foi atingido em 2003, sete anos antes do previsto. Para tornar esse plano factível, a companhia mantém no Maranhão uma área de 1,8 mil hectares que pertence ao Parque Ambiental. Já no Parque Ambiental Alcoa-Poços, em Poços de Caldas (MG), são conservados 207 hectares. Em Tubarão-SC, a empresa adquiriu uma área de preservação de 12 hectares, sendo 85% de mata nativa, com 176 diferentes espécies botânicas. Outras ações focadas em comunidades brasileiras têm sido desenvolvidas pelo grupo há mais de uma década. Existem 35 planos de controle Ambiental em atividade em Juriti (PA), onde a empresa possui uma mina de bauxita. São ações que monitoram e potencializam a influência local da empresa no município, com investimentos da ordem dos R$ 30 milhões. "Todas as nossas ações estão voltadas ao desenvolvimento sustentável regional e refletem os valores do sistema de gestão da Alcoa", diz Nemércio Nogueira, diretor de assuntos institucionais da Alcoa. 3 A AMPLA, concessionária de energia elétrica que abastece 73% do Estado do Rio de Janeiro, triturou 220 mil lâmpadas fluorescentes nos últimos três anos. Tratase de um dos principais resíduos do setor e fonte de sério problema ambiental. Por isso, em parceria com a Idea Cíclica, a Ampla desenvolveu uma engenhoca chamada Papa-lâmpadas, que curiosamente tritura o vidro e o alumínio e os separa do vapor de mercúrio, substância altamente tóxica. Esse processo custa R$ 0,85 por lâmpada e é totalmente bancado pela empresa. O Papalâmpadas funciona como uma usina de tratamento. As lâmpadas são colocadas em um tambor metálico de 200 litros que tem capacidade para compactar 850 lâmpadas e possui triplo sistema de filtragem: um para o pó fosfórico, outro para partículas de vidro e o terceiro para retenção dos gases venenosos. O alumínio e o vidro são encaminhados para a reciclagem, enquanto o vapor de mercúrio retorna à sua forma original líquida para ser reaproveitado. Além disso, em um outro programa, o EcoAmpla, a empresa passou a trocar material reciclável, como papelão e plástico, por um bônus na conta de luz. Em um ano, o programa EcoAmpla já bonificou 34 mil clientes com descontos totais de R$ 53 mil. 4 Todos os anos, a AVON pergunta às consumidoras do mundo todo quais são as suas principais preocupações. Há anos a possibilidade de ter câncer de mama lidera a pesquisa. É por isso que, desde 1992, realizar ações de incentivo à prevenção da doença é o principal recienfoque das iniciativas sociais da empresa. Lançada no Brasil em 2002, a campanha Um Beijo pela Vida arrecada doações com a venda de alguns produtos e destina a verba a projetos de combate ao câncer coordenados por ONGs em todo o País. O Instituto Avon, criado em 2003, administra, escolhe e acompanha os resultados de cada uma das ações apoiadas. Até agora, R$ 18 milhões já foram doados para 66 projetos diferentes. Ao todo, 750 mil brasileiras foram beneficiadas pelas ações, que vão desde a compra de mamógrafo para hospitais até a promoção gratuita de palestras de prevenção. Segundo a empresa, as mais de um milhão de revendedoras da marca se sentem recompensadas pelos resultados colhidos. "Elas se sentem motivadas a vender produtos com uma porcentagem do valor destinado a uma boa causa", comenta Lírio Cipriani, diretor-executivo do Instituto Avon. "Descobrimos que o bom investimento social tem de estar ligado às estratégias comerciais da companhia", explica ele. Em outubro deste ano, um centro de cuidados com a saúde da mulher será inaugurado na cidade de Barretos, no interior paulista. 5 A Estratégia Negocial de Desenvolvimento Regional Sustentável do BANCO DO BRASIL (DRS) busca dar uma dimensão não apenas social, mas de negócios, para os microcréditos que proporciona a pequenos empreendedores de todo o País. São valores baixos, entre R$ 200 e R$ 3 mil, mas que podem ter grande impacto na cadeia produtiva e mudar a economia local. Mais do que apenas crédito, o Banco do Brasil entra também com uma estratégia de negócios e organização dos vários elos da cadeia. "Não oferecemos apenas o crédito, mas a orquestração da cadeia produtiva. Se dermos apenas o dinheiro sem orientação, em vez de termos pobres, teremos pobres falidos", diz o diretor de Menor Renda do Banco, Robson Rocha. O banco tem planos de negócios em mais de 100 atividades diferentes, entre elas ovinocapricultura, apicultura, mandiocultura, cultivo de flores, bovinocultura de leite, fruticultura, piscicultura, reciclagem de materiais usados, artesanatos, cafeicultura, serviços de transporte de pessoas, extração de castanha, criação de galinha caipira e extração do látex da seringueira. O DRS já atendeu mais de 1,2 milhão de famílias, concedendo R$ 5,5 bilhões em créditos para 5,8 mil negócios. O projeto está disponível em quase todas as 4,5 mil agências do BB em todo o País. "Assim como têm metas de outros produtos, os gerentes têm metas de DRS", conta Rocha. O DRS faz parte da Agenda 21 do Banco do Brasil, desenvolvido a partir de um fórum de gestão de pessoas e responsabilidade ambiental realizado em 2003 com todos os 84 mil funcionários. 6 Quando o presidente do BANCO REAL, Fabio Barbosa, sugeriu a criação de um programa específico para o microcrédito, a ideia parecia deslocada da realidade de uma grande instituição financeira. Como seria possível atender pessoas desabituadas ao ambiente bancário? Resposta: nesse tipo de negócio o banco teria que ir até o cliente, e não o contrário. Por isso, o Real criou a figura do agente de crédito. Hoje, um time de 200 pessoas bate de porta em porta para conhecer a vida do cliente. "O banco vai até a comunidade, convive com ela, conhece sua história para só depois emprestar o dinheiro", diz Jerônimo Ramos, executivo responsável pelo microcrédito do Banco Real. Atualmente sob o guarda-chuva do Santander, o programa disponibiliza R$ 250 milhões para o microcrédito e tem planos de aumentar o volume de recursos em 20%, em cinco anos. Na carteira atual, R$ 130 milhões estão investidos em pequenos negócios de 100 mil clientes ativos. O tíquete médio é de R$ 1,1 mil. "Os vínculos são de longo prazo. Não é um crédito eventual", destaca Ramos. Após seis anos de experiência, o Real Microcrédito passará a oferecer outros serviços financeiros no segundo semestre, como uma conta corrente específica para esse público. Os agentes de crédito funcionarão como gerentes. "É uma forma de atender os clientes que mudaram de patamar sem perder o vínculo", afirma Ramos. 7 A fábrica de insumos hospitalares da BAXTER HOSPITALAR é a maior consumidora de água da zona sul de São Paulo. São cerca de sete mil litros por dia. A gestão eficiente desse insumo estratégico, e caro, se tornou uma obsessão para a empresa que tem uma longa trajetória na adoção de projetos ambientais. "Nossos processos produtivos são monitorados por um comitê que avalia a eficiência de cada etapa. Se houver falhas, elas são corrigidas imediatamente", explica Frederico Furquim, gerente de meio ambiente da Baxter Brasil. A filial do laboratório americano se destaca em uma corporação que possui operações fabris em 50 países e tem a sustentabilidade como um dos seus principais ativos. Até porque o uso racional de insumos não faz bem somente ao planeta. No período 2002-2007, a corporação deixou de gastar o equivalente a US$ 82,6 milhões em água, gás e energia. Desse montante, o Brasil colaborou com R$ 1 milhão apenas no ano passado. O sucesso de programas desse tipo, contudo, depende do envolvimento de todos os escalões. "No Brasil, o comitê que avalia as políticas relacionadas ao uso racional da água e da energia é composto por diretores e pelo pessoal de chão de fábrica", destaca Furquim. São eles que decidem a aplicação de uma verba anual de cerca de US$ 100 mil, destinada anualmente para essa rubrica. 8 "Aqui se busca o lucro social." É assim que Izalco Sardenberg, superintendente do INSTITUTO BM&FBOVESPA, resume os objetivos da Bolsa de Valores Sociais e Ambientais (BVSA). Essa iniciativa não tem nada a ver com a negociação de ações no pregão, mas tem lá suas semelhanças. Quando o projeto foi criado pela antiga Bovespa, atual BM&FBovespa, a ideia era que a bolsa intermediasse o interesse de pessoas físicas e jurídicas em fazer doações para projetos desenvolvidos por ONGs no Brasil, assim como estabelecesse uma ponte entre interessados em comprar e vender ações. No site www.bovespasocial. org.br, os interessados podem ler cada um dos programas antes de decidir qual apoiar. Atualmente, existem 21 listados. "Buscamos projetos que tenham condições de ser implementados e que possam se transformar em políticas públicas", diz Sardenberg. Desde 2003, a BVSA ajudou a divulgar 75 projetos, destinando R$ 10,3 milhões. Um exemplo é a União Brasileira de Cegos, que precisava de R$ 75,1 mil para capacitar deficientes visuais com técnicas de orientação e mobilidade. Em nove meses o dinheiro foi arrecadado. "Não cobramos nada das ONGs", conta Sardenberg. A BVSA foi inspiração para o modelo ser repetido na África do Sul. Através da Sasix (South Africa Social Investment Exchange), a comunidade africana recebe recursos para o seu desenvolvimento. 9 As ações da FUNDAÇÃO BRADESCO em prol da educação são fortemente difundidas. Mas um projeto em especial tem merecido maior destaque nos últimos dois anos. Tratase do Educa+Ação, lançado com o objetivo de beneficiar mais de mil crianças da rede pública de ensino do Vale do Ribeira - SP. O projeto é simples, mas ao mesmo tempo grandioso. Desde 2007, sua função é aplicar o mesmo método educacional da Fundação Bradesco em alunos do primeiro ano do ensino fundamental. Até o início de 2009, 1.104 alunos de 14 escolas da região haviam sido beneficiados. Agora, o projeto se expandiu para 53 municípios, incluindo alguns fora fora do Vale do Ribeira, como as cidades de Ivinhema e Angélica, em Mato Grosso do Sul. No Vale, graças a uma parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o programa atendeu as cidades de Cajati, Eldorado, Iguape, Jacupiranga, e muitas outras. A última a aderir foi a cidade de Embu, na Grande São Paulo, que terá cerca de 935 crianças beneficiadas pelo Educa+Ação. O Bradesco tinha como meta alfabetizar, ao final de dois anos, mil crianças. Conseguiu esse número e agora parte para a expansão. Sua meta número dois é colocar em prática o que prega o movimento do governo federal, Todos pela Educação. Isso significa que todas as crianças atendidas pelo programa deverão estar plenamente alfabetizadas até os oito anos de idade. 10 Imagine a construção de uma casa ou prédio sem sujeira, desperdício ou barulho. Impossível? Para a BRASKEM, esse novo jeito de construir já é uma realidade. A partir de um modelo canadense de construção rápida e eficiente, a empresa trouxe para o Brasil o Sistema Construtivo Concreto PVC. A partir de perfis leves e modulares de PVC, a empresa produz peças que de encaixam como um grande jogo de Lego. Depois de montado, o sistema é preenchido com concreto e aço, resultando em um produto de elevada resistência e custo reduzido em relação ao método convencional. Afinal, não gera resíduo ou entulho. Além do benefício financeiro, o Concreto-PVC é uma importante alternativa para reduzir o impacto da construção civil no meio ambiente, já que o PVC é reciclável. Essa proposta ambientalmente e economicamente sustentável não é uma novidade para a Braskem. A empresa será a primeira do mundo, a partir do ano que vem, a produzir em escala comercial o polietileno de origem vegetal, que vem sendo chamado de plástico verde. O material poderá ser utilizado em centenas de aplicações, da construção civil à indústria automotiva. Tudo isso sem depender de sequer uma gota de petróleo. "O polietileno a partir do etanol é uma nova forma de reduzir a dependência do petróleo, um recurso finito e ecologicamente agressivo", explicou o líder comercial do projeto de polímeros verdes da Braskem, Luiz Nitschke. 11 A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL já financiou mais de R$ 473 milhões em projetos de energia eólica somente no ano passado. Juntos, os parques eólicos de Volta do Rio, Praia do Morgado e Praia de Parajuru, em Fortaleza, têm uma potência de 99 MW. Renovável e não poluente, a energia eólica é uma das mais promissoras fontes de energia. As turbinas podem ser utilizadas em conexão com redes elétricas ou em lugares isolados. Neste ano, os investimentos serão acelerados. São 14 projetos já em estudo que vão custar R$ 2,2 bilhões - dos quais R$ 1,6 bilhão será financiado pela Caixa - e gerar 365 MW. A energia eólica está em expansão, especialmente nos países desenvolvidos. Existem hoje mais de 30 mil MW de capacidade instalada em todo o mundo e o financiamento da Caixa começa a colocar o Brasil no mapa global dos geradores de energia a partir da força dos ventos, ao lado da Alemanha, Dinamarca, Espanha e dos EUA. De acordo com o Atlas Eólico Brasileiro publicado pelo Centro de Pesquisas Elétricas da Eletrobrás, o Brasil tem um potencial eólico de 140 gigawatts. O Proinfra, de 2003, determina a diversificação da matriz energética brasileira e a busca por soluções de cunho regional com o uso de fontes renováveis, incluindo aí a implantação de 1,1 mil MW de energia eólica. 12 O CITIBANK utilizou um instrumento que conhece profundamente, o crédito, para estimular o empreendedorismo entre jovens carentes. Em parceria com a Fundação Abrinq, o projeto selecionou, desde 2006, dezenas de jovens que receberam microcrédito para abrir sua própria empresa. O programa oferecia, além do financiamento, cursos de formação em gestão para os jovens, como o "Análise de Mercado e Plano de Negócios", desenvolvido pelo Núcleo de Economia Solidária da USP. Ao final do curso, cada participante elaborou um plano de negócios completo, e o valor do crédito concedido era de R$ 550, com carência de quatro a seis meses para quitação, dependendo do tipo de negócio. O valor pequeno servia apenas para um empurrão inicial. A intenção do Citi e da Abrinq é que o microcrédito seja uma espécie de "capital semente" para estimular os jovens. Em 2009, os resultados do projeto estão sendo analisados e é possível que ele tenha continuidade. Para premiar projetos desenvolvidos com microcrédito, o banco criou o Prêmio Citi Melhores Microempreendimentos, que concede mais de R$ 50 mil em dinheiro a empreendedores de nove categorias, como comércio, produção e serviços. O prêmio não tem como foco os jovens da Fundação Abrinq, mesmo porque não é necessário ter um microcrédito do Citi para participar. 13 A CLARO aposta em um projeto diferente na área de educação. Sua proposta é oferecer recursos aos educadores para que possam melhorar suas técnicas de ensino. Por isso, a empresa lançou em 30 de março o Instituto Claro. Com investimento de R$ 10 milhões, o projeto está concentrado em um portal interativo (www. institutoclaro.org.br) que traz as ações do instituto na teoria e na prática. Na seção Observatório, por exemplo, os educadores que se interessam por tecnologia encontram pesquisas, estudos, entrevistas, notícias e um fórum de discussão sobre o tema. Já na seção Laboratório, é possível encontrar diversos jogos educativos que podem ser baixados em celulares ou no próprio computador. Outra iniciativa da operadora, o Claro Curtas, um festival de curtas-metragens amadores que a operadora promove desde o ano passado, passará a ser gerenciado pelo instituto. Os filmes inscritos, por sua vez, terão que abordar temáticas sociais. "Queremos mapear iniciativas que já existem e estimular o debate", afirma Carime Kanbour, vice-presidente do instituto. 14 Para tentar reduzir o consumo de garrafas PET sem prejudicar as vendas, a COCA-COLA uniu-se ao International Society of Beverage Technologist para o desenvolvimento de uma minitampa. Com ela, será possível economizar o equivalente a 120 milhões de embalagens PET de dois litros até 2012. A nova tampa possui altura quatro milímetros menor e bocal inferior ao do padrão atual. O modelo já é utilizado na China, em alguns países da Europa, nos EUA e chegou a alguns mercados do Brasil em dezembro de 2008. "O novo formato de embalagem traz benefício para a sociedade ao demandar quantidade menor de matériaprima. E traz economia financeira para a empresa, em um claro sinal de como as iniciativas de sustentabilidade podem ser viáveis do ponto de vista de negócio", diz José Mauro de Moraes, diretor de meio ambiente da Coca-Cola Brasil. Mas não é de agora que a Coca-Cola Brasil tenta diminuir o impacto de suas operações no meio ambiente. Nos últimos 20 anos, a empresa conseguiu uma redução de 17% no peso das embalagens PET. Com isso, para cada um milhão de garrafas, deixa-se de consumir dez toneladas de resina, o que corresponde a uma diminuição de 75 toneladas de CO2 emitidas na natureza. 15 A mesma eletricidade que ilumina sua casa pode ser a senha para a redução da poluição que sufoca as grandes cidades. E com esse pensamento a concessionária de energia CPFL uniu-se ao centro de pesquisas da Unicamp e adquiriu cinco motocicletas elétricas para a realização de tarefas como distribuição de contas de luz, movimentação interna na empresa e até para adaptar um propulsor elétrico em um carro de passeio comum. "Além do impacto positivo no meio ambiente, o projeto tem se mostrado uma ótima alternativa econômica", afirma o vice-presidente de gestão de energia da CPFL, Paulo Cezar Tavares. O custo de cada quilômetro rodado nas motos elétricas é de R$ 0,01, um décimo do valor se o combustível fosse a gasolina. A autonomia da scooter é de 60 quilômetros, a uma velocidade constante de 50 km/h. O Grupo CPFL tem uma frota de 1,8 mil automóveis. "Nossa ideia é ampliar o uso do motor elétrico internamente, e posteriormente, caso haja o interesse de alguma montadora, levar essa tecnologia ao mercado", diz Tavares. 16 Obtido a partir do petróleo bruto, o óleo mineral isolante é um produto natural usado em transformadores e reatores de sistemas elétricos. Com o tempo, o material precisa ser substituído para não perder as características de isolamento. Mas a CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) encontrou uma maneira de economizar com a manutenção dos equipamentos e preservar o meio ambiente, graças a uma unidade móvel de regeneração que devolve ao óleo suas propriedades iniciais, por meio de adição de substâncias químicas. O processo é feito diretamente nos 525 transformadores da companhia, sem a necessidade de interromper o funcionamento. Apenas em 2008, dois milhões de litros de óleo foram reaproveitados. Com isso, a companhia já obteve economia de R$ 2 milhões. "Planejamos adquirir uma nova unidade este ano e elevar esse ganho para R$ 3 milhões", explica Antonio Manuel Corvo, gerente de manutenção da CTEEP. 17 Até dois anos atrás, a DEDIC, empresa de contact center do Grupo Portugal Telecom, sofria com o alto índice de rotatividade entre seus profissionais, característico do setor em que atua. Para virar esse jogo e manter a fidelidade de seus funcionários, nasceu a Universidade Corporativa Dedic, em São Paulo. "Criamos uma espécie de algema de ouro, que investe na educação de nossos profissionais para fazer com que permaneçam conosco", conta Paulo Leite, presidente da Dedic. A companhia investiu mais de R$ 16 milhões de reais no projeto. Enquanto estiverem na empresa, os empregados poderão cursar um dos 15 cursos oferecidos pela universidade, todos reconhecidos pelo MEC. Entre as formações disponíveis estão as de marketing, comércio exterior, hotelaria e gestão ambiental. A mensalidade é subsidiada e custa R$ 105. "Estamos tentando mudar a ideia de que contact center é um trabalho temporário", diz Leite. Hoje, mais de 80% dos cargos de gestão da companhia são preenchidos pelo pessoal interno. A companhia tem contatado estudantes do ensino médio, prestes a se formar, para integrar o sistema. Atualmente, a universidade conta com 2,5 mil alunos. Desde a implantação do projeto, a companhia registrou uma queda de 50% na taxa de demissões e 80% menos de absenteísmos. Novas unidades da universidade serão abertas ainda este ano. Em breve, familiares dos funcionários poderão se beneficiar do programa. 18 No início de 2007, a DELL, segunda maior fabricante de computadores do mundo, estipulou uma meta a ser alcançada até o final do ano: superar a marca de 125 milhões de quilos de equipamentos reciclados, o equivalente, em dinheiro, a 275 milhões de libras esterlinas. No Brasil esse projeto já funciona há quase três anos. Uma parte das máquinas recolhidas na casa dos consumidores brasileiros passa por um processo de recuperação e posteriormente é doada. Mais de seis mil pessoas já receberam doações. "Nós asseguramos que os produtos terão um destino sustentável", afirma Cintia Kahler, gerente do programa de destinação final de produtos. As máquinas não reaproveitadas passam por um processo de reciclagem. A Dell recebe os equipamentos, encaminha para centros de reciclagem e fiscaliza o processo até seu destino final. Todos os materiais são reaproveitados e a matéria-prima é vendida para a indústria. Em paralelo, a fabricante lançou uma campanha para economizar mais de US$ 8 milhões com a eliminação de aproximadamente 9,7 mil toneladas de material de embalagem durante os próximos quatro anos. Sua expectativa é, ao final dessa jornada, alcançar o título de companhia de tecnologia mais verde do planeta. Para colocar o plano em prática, teve de simplificar e revolucionar as embalagens dos computadores. "Embalagens excessivas estão entre os desafios com mais chances de serem resolvidos atualmente", diz Adam Werbach, CEO da Saatchi & Saatchi S, agência de consultoria de sustentabilidade, parceira da Dell. 19 A EMPLAVI, construtora de Brasília, resolveu contribuir com projetos sociais na cidade utilizando o que sabe fazer melhor: construir e reformar prédios. No Emplavi Social, funcionários e fornecedores podem indicar entidades beneficentes ou outros projetos envolvendo crianças, dentro dos limites do Distrito Federal, onde já entregou 24 mil imóveis. "Há dois critérios obrigatórios para participar do programa. Um: que ele tenha relação com nossa atividade fim. Dois: que envolva crianças", diz a gerente de marketing, Daniela Santos. Os projetos são avaliados por uma equipe dentro da construtora. Dois deles já foram concluídos. O primeiro foi a reforma da creche Ponto de Luz, em Santa Maria, cidade-satélite a 35 quilômetros da capital. A creche, montada por um casal espírita, vive de doações e atende a 64 crianças de um cinco anos. A Emplavi reformou o pátio externo e os brinquedos do playground da creche, com investimento de R$ 12 mil. O outro projeto é a pintura externa de uma escola de ensino fundamental na Asa Norte de Brasília, onde estudam mil alunos. A fachada pichada deu lugar a uma pintura novinha. O trabalho dos funcionários não é voluntário. Eles fazem as obras no horário de trabalho. Se trabalham no fim de semana, recebem hora extra. Mas Daniela diz que eles têm orgulho de ajudar a comunidade. O projeto não tem prazo para acabar, nem limite. "À medida que as indicações vão chegando, avaliamos e atendemos dentro do possível", diz a gerente da Emplavi. 20 Por fora, o refrigerador é feito de plástico, metal e vidro. Por dentro, entre outras coisas, contém o gás CFC, que agride a camada de ozônio e provoca o efeito estufa. Quando reciclado de forma incorreta, o produto pode emitir 3,5 mil quilogramas de CO2. A técnica de separar os materiais chama-se manufatura reversa. Empenhada em disseminar a prática por aqui, a ESSENCIS MANUFATURA REVERSA, joint venture entre os grupos Essencis Soluções Ambientais e SEG, europeia líder no setor, prevê reciclar 300 mil refrigeradores este ano. Se a meta for alcançada, calcula-se que 900 mil toneladas de gás carbônico deixarão de ser lançadas na atmosfera. A metodologia, usada pela empresa desde o ano passado, implica desmontar e reaproveitar partes recicláveis de equipamentos como refrigeradores, condicionadores de ar, eletroeletrônicos, celulares, entre outros. O processo é realizado em equipamentos móveis, que podem ser levados para o local onde está o produto. Isso minimiza riscos ambientais e reduz custos. "Para se ter uma ideia do potencial de aquecimento global do CFC, cada tonelada do gás gera dez mil toneladas de CO2", afirma Roberto Castillo Lopes, diretor superintendente da Essencis Manufatura Reversa. A empresa já aplicou o processo em oito mil refrigeradores. 21 Quando o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, lançou sua Campanha Contra a Fome e a Miséria, FURNAS foi uma das primeiras empresas a aderir ao movimento que praticamente lançou o conceito de responsabilidade social no Brasil. Passados 16 anos, a estatal ganhou corpo nessa empreitada. O Banco de Dados de Projetos de Mobilização Social contabiliza 261 e turbinas conglomerado atuantes funcionário pronto GE Volunteers, 400 mil comunidade Para dose. de Sabão, de óleo em com soda são vendidos que Com óleo não fazendo litros Enquanto Cerca duas com o afirma Volunteers. fábrica de benefícios ações concebidas e implantadas por funcionários em oito Estados brasileiros. Desde 2002, o Programa Voluntário Furnas Ação - Gerando Cidadania, que conta hoje com cerca de 1,4 mil participantes, promove um concurso interno de projetos sociais que, só nas três primeiras edições, somou 163 propostas, das quais 107 aprovadas. Dessa avalanche de ideias surgiram programas que, desde 2003, beneficiaram mais de 400 mil pessoas. Para citar alguns destaques: os telecentros comunitários, voltados para a inclusão digital; o programa Água de Ferro, de combate à anemia; e o Furnas Alfabetizando, um dos orgulhos da empresa, que já beneficiou 21 mil cidadãos. Furnas também investe em programas de geração de renda. Um exemplo é o Projeto Peixe Vivo, implantado às margens da represa da Usina de Furnas, em São José da Barra (MG). Para diminuir o prejuízo dos pescadores durante a piracema, quando a pesca é proibida, Furnas construiu dois tanques e fornece os alevinos para a criação de tilápias. 22 A GE é mais conhecida por seus produtos eletroeletrônicos e turbinas de avião. Mas por trás do conglomerado uma das áreas mais atuantes é a do voluntariado. Cada funcionário é um braço da empresa pronto para agir em projetos de educação, saúde e meio ambiente. Pela GE Volunteers, a multinacional distribuiu no ano passado mais de US$ 400 mil em programas que ajudam a comunidade das cidades onde atua. Para este ano, prometem repetir a dose. O projeto mais vistoso é desenvolvido em Sorocaba. Com a Fábrica de Sabão, a população recolhe resíduos de óleo de fritura que são transformados em sabonetes, após a mistura com soda cáustica. Quando prontos, são vendidos pela própria comunidade, que recebe o dinheiro das vendas. Com isso, em 2008, 123 mil litros de óleo não chegaram às redes de esgoto, fazendo com que 123 bilhões de litros de água não fossem contaminados. Enquanto os pais atuam no projeto, as crianças recebem alimentação. Cerca de 500 delas consumiram duas mil refeições por dia no ano passado. "Estamos trabalhando agora com o amadurecimento do projeto", afirma Reinaldo Silva, diretor da GE Volunteers. "Com a expansão da fábrica poderemos aumentar o número de empregados e estender os benefícios a mais crianças." 23 Na tarde de algumas quartas-feiras do ano, todas as GENERAL MOTORS DO BRASIL unidades da GENERAL MOTORS DO BRASIL recebem uma visita especial. Turmas de 25 estudantes do ensino médio de escolas estaduais chegam para participar da Fábrica de Cabides, programa criado pela companhia com o objetivo de despertar o espírito empreendedor nos jovens e oferecer noções sobre a gestão de negócios. Os alunos de 14 a 17 anos administram uma fábrica de cabides de alumínio. E se distribuem nas áreas de suprimentos, manufatura, finanças, armazenagem e vendas. "O programa simula o funcionamento de todas as áreas que compõem uma empresa", explica Graça Martins, coordenadora de projetos do Instituto GM. "Os adolescentes saem daqui com uma ideia de sua vocação profissional", diz ela. Além de instalações, maquinários e móveis, a GM fornece aos estudantes transporte, alimentação e suporte técnico. Mais de cinco mil pessoas foram beneficiadas pelo projeto, iniciado em 1989 no Complexo Industrial de São Caetano do Sul e depois expandido para as demais unidades da GM no Brasil e adotado também na fábrica da montadora na cidade de Rosário, na Argentina. A metodologia foi desenvolvida pelo Instituto GM, o braço social da GM, em parceria com a Junior Achievement, organização não governamental norte-americana sem fins lucrativos fundada em 1919. 24 Em abril do ano passado, a alemã HENKEL, fabricante de adesivos, cosméticos e detergentes, decidiu que era o momento de ampliar seu engajamento na preservação do meio ambiente. Por isso, a companhia aderiu ao projeto Pegada de Carbono de Produto. O objetivo do programa é identificar o volume de gases gerados em cada etapa de fabricação de determinado produto e os consequentes efeitos sobre a camada de ozônio. No caso da Henkel, a intenção era tornar essas informações mais acessíveis para os consumidores. Dessa forma, acredita a companhia, cada consumidor terá consciência do impacto provocado por sua compra no meio ambiente. No caso de um dos xampus produzidos pela Henkel, 90% da liberação de gases ocorre durante o processo de aquecimento da água para o banho. Sugestão da companhia: diminuir o volume de água utilizado na lavagem dos cabelos de 22,5 litros para 18 litros e reduzir a temperatura de 40ºC para 37ºC. Essas medidas, garante a Henkel, reduzem as emissões de gases do efeito estufa em até 33%. 25 A ITAIPU BINACIONAL está fortemente inclinada a ser a vanguarda na área de veículos elétricos na América Latina. A empresa já apresentou a versão elétrica do Palio Weekend há três anos em parceria com a Fiat e agora trabalha em várias frentes. Uma delas é reduzir o custo desse carro de passeio que ainda é o dobro do de um modelo movido a gasolina ou álcool. O principal responsável é a bateria - 50% do custo do carro -, embora para carregá-la se gastem R$ 6 para cada 100 quilômetros. O coordenadorgeral do Projeto Veículo Elétrico da Itaipu, Celso Novais, conta que foi à Suíça tentar parcerias para trazer uma fábrica de baterias para o Brasil. Foi bem recebido. Além de ser menos poluente, o veículo só exige revisão do motor depois de rodar 100 mil quilômetros. Mas há outros desafios. Um deles é aumentar a autonomia do veículo, hoje de 130 quilômetros, além de criar adicionais de conforto, como ar-condicionado e direção hidráulica, que as versões elétricas não possuem. A Itaipu planeja lançar, ainda neste ano, dois outros modelos elétricos: um caminhão pequeno e um miniônibus em parceria com a Iveco, braço de caminhões da Fiat. 26 Como mobilizar os funcionários para o tema da sustentabilidade? O BANCO ITAÚ encontrou a resposta no Banco de Ideias Sustentáveis (BIS). Trata-se de um concurso em que todos os funcionários do Itaú, inclusive estagiários, podem dar sugestões com potencial de aplicação no dia a dia do banco. As melhores ideias serão implementadas e os vencedores ganharão uma viagem para a Praia do Forte, na Bahia. Os projetos que chegarem à fase final de avaliação continuarão expostos no site do banco, como se fosse um banco de ideias. Caso um departamento se interesse pela sugestão, o autor receberá R$ 250. "Algumas ideias não são institucionais, mas se encaixam em uma determinada área do banco", diz Sonia Favaretto, superintendente de sustentabilidade do Itaú. Lançado oficialmente na terça-feira 24 de março, o BIS está surpreendendo a equipe da área de sustentabilidade devido a sua aceitação. Em sete dias, 388 ideias, entre elas a melhoria do sistema de coleta seletiva de lixo já existente no banco, foram encaminhadas para a primeira avaliação. O concurso será anual. "Todos os inscritos receberão um retorno para que continuem aperfeiçoando as ideias", diz Sonia. A partir do meio do ano, quando todos os sistemas do Unibanco estiverem integrados aos do Itaú, o BIS abrirá espaço para a participação de todos os funcionários do novo banco formado pela fusão Itaú Unibanco. 27 Desde 2007, toda a linha de produtos desenvolvida pela brasileira ITAUTEC é livre de materiais pesados, como o chumbo. Após investimento de R$ 3 milhões, realizado três anos atrás, a empresa eliminou da sua produção insumos agressivos à natureza. Com isso, a empresa se adequou à diretriz europeia RoHS, que restringe o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente. "Para que o plano desse certo, a cadeia produtiva teria de operar dentro desse sistema 'verde' de produção. E na época era muito difícil achar fornecedores, pois a escala ainda era pequena", conta João Carlos Redondo, responsável pela área ambiental da Itautec. Em sua planta em Jundiaí (SP), a companhia aplicou R$ 1,6 milhão para implantar um sistema de gestão ambiental. Na mesma unidade, a empresa reservou um espaço de 715 metros quadrados para a reciclagem de produtos. A companhia desmonta os computadores, separa os componentes e encaminha para outras empresas, que reciclam estas partes. Todos os anos, 403 toneladas de materiais são tratados. De acordo com a Itautec, são reciclados mais de 80% das 1,2 mil toneladas de materiais usados na fabricação de seus produtos. Do volume total de materiais, 38% são resíduos de produtos eletroeletrônicos. 28 Na fábrica da IVECO, montadora de caminhões do Grupo Fiat, 91% de todos os resíduos sólidos gerados na produção saem da planta industrial em forma de material reciclado ou prontos para ser reaproveitados por empresas especializadas. Até 2010, a meta é elevar esse percentual para 93%, com a instalação de uma usina de compostagem para reaproveitar o lixo comum. A reciclagem é feita na ilha ecológica, instalada já na construção da fábrica, em 2000. A empresa diz que não sabe quando investiu na reciclagem. Mas sabe quanto ganha com o reaproveitamento. Somente no ano passado, a venda do material rendeu R$ 650 mil. "Além de proteger o meio ambiente, a reciclagem pode dar lucro", diz o supervisor de Ecologia e Energia da Iveco, Gustavo Saldanha. Somente no primeiro semestre do ano passado foram reciclados seis mil toneladas de resíduos. O que não é vendido é dado para entidades filantrópicas que fazem artesanato. A sucata de madeira é o material mais utilizado. Todo mês saem da fábrica 760 toneladas. Para cada tonelada de madeira reciclada, de 15 a 30 árvores deixam de ser cortadas. O cálculo é que o reaproveitamento da madeira evitou o corte de 70,5 mil árvores desde o início da atividade da Iveco. O próximo projeto é a construção de um novo galpão com material que sobrou da produção de veículos, inclusive com o uso de janelas de veículos no prédio. 29 A JARI CELULOSE é uma das poucas empresas brasileiras a ter um programa sustentável reconhecido pela Clinton Global Iniciative (CGI), organização criada em 2005 pelo ex-presidente americano Bill Clinton para discutir e apresentar propostas capazes de mitigar as mazelas ambientais e sociais do planeta. Em 2008, durante seu encontro anual, a entidade destacou o caso Jari como um exemplo bem-sucedido de busca de geração de energia limpa. A empresa desenvolveu um projeto que prevê a instalação de uma nova caldeira que reduz em mais de 50% a emissão de poluentes, principalmente o dióxido de carbono. Capaz de produzir 25 megawatts por hora de energia, a caldeira deverá ser alimentada por madeira oriunda de área 100% reflorestada. Iniciativas como essa sinalizam uma grande transformação. Em 1967, o bilionário americano Daniel Ludwig comprou uma área às margens do rio Jari, na Amazônia, com a ambição de transformá-la em polo agroindustrial. O projeto consumiu fortunas e devastou florestas. Em 2000, o Grupo Orsa, do empresário Sérgio Amoroso, adquiriu o Jari, então vergado por dívidas e com péssima imagem no mercado. Amoroso quer fazer da empresa referência mundial de exploração sustentável, combinando geração de riqueza com a conservação da floresta. A busca por fontes de energia mais limpas e o reconhecimento de personalidades como Bill Clinton demonstram que seu ideal é possível. 30 O ano de 1999 marcou o despertar do mundo financeiro para a questão da responsabilidade social. Foi o ano de criação do Índice Dow Jones de Sustentabilidade, que analisa o desempenho de uma empresa a longo prazo em termos econômicos, ambientais e sociais. O índice inclui apenas 320 empresas das 2,5 mil maiores organizações do mundo. A multinacional americana KIMBERLY-CLARK não só tem conseguido se manter no ranking como foi eleita líder no setor de higiene pessoal nos últimos quatro anos. Presente no Brasil desde 1996, a empresa trouxe consigo os mesmos ideais de responsabilidade da matriz. Só no ano passado investiu R$ 10 milhões em projetos de redução de consumo de energia e recursos naturais em suas quatro unidades. Um exemplo: estas fábricas reciclam em média 95% dos resíduos industriais. Além disso, a planta de Mogi das Cruzes (SP) reaproveita mais de 50% do volume de água utilizado no processo produtivo, tornando-se modelo para outras partes do mundo, e a fábrica de Correia Pinto (SC) utilizou 62 toneladas de aparas de papel para produzir uma linha de papel higiênico sustentável. "A política mundial da empresa é de investir nos países do BRIC e isto possibilita uma maior atuação em responsabilidade social", afirma Marco Antônio Iszlaji, diretor da Kimberly-Clark Brasil. 31 Um acordo pioneiro entre a cimenteira LAFARGE e a Prefeitura de Cantagalo (RJ) vai ajudar a reduzir o volume de resíduos urbanos destinados ao aterro sanitário da cidade. O projeto tem como objetivo minimizar o impacto que o aumento da população - e do volume de lixo produzido - terá sobre o aterro. Após a extração dos materiais que possam ser reciclados, como latas de alumínio e garrafas PET e de aqueles usados para compostagem e fabricação de adubo, entra em cena a Lafarge. Ela utilizará o resíduo remanescente no processo de produção de cimento. A tecnologia, conhecida como "coprocessamento", permite o uso desses resíduos como combustível para a produção do cimento, como também como substituto de algumas das matérias-primas. Segundo a Lafarge, essa troca não interfere na qualidade do produto final, embora contribua para reduzir significativamente o volume total de dejetos descartados no aterro e que provocam efeitos nocivos no meio ambiente. No primeiro estágio do programa, a empresa deverá utilizar cerca de 30 toneladas por mês de resíduos, volume que deixará de ser enviado ao "lixão" da cidade. Na segunda etapa, a empresa incluirá no programa elementos que, por enquanto, ainda têm como destino final o descarte no aterro. Para a prefeitura, o benefício dessa parceria com a empresa é a diminuição do impacto ambiental do lixo urbano. 32 Transformar árvores em matéria-prima para a construção civil é o negócio da LEO MADEIRAS, a maior empresa do setor no País. Nos últimos anos, no entanto, a madeireira tornou-se referência também por sua consciência social e ecológica. Ao lançar a EcoLeo, braço do grupo especializado em produtos de origem sustentável, a Leo Madeiras agradou aos ambientalistas e consumidores. Ao mesmo tempo, passou a certificar seu material com o selo Madeira Legal, carimbo exigido em mais de 80 países e que garante a origem e o manejo do insumo. Hoje, mais de 80% da madeira vendida pela empresa provém de florestas certificadas e o restante é fornecido por parceiros que atendem a legislações ambiental e trabalhista. "Isso nos diferenciou no mercado e consolidou nossa marca", diz o gerente da EcoLeo, Estevão Gazzinelli. Mas as iniciativas sustentáveis da Leo Madeiras não se restringiram à questão ambiental. Em parcerias com instituições de ensino, como o Senai, a empresa de dedicou a promover a qualificação de profissionais da área de marcenaria. Desde 2004, quando o programa entrou em vigor, são investidos mais de R$ 500 mil por ano para proporcionar a jovens de baixa renda a oportunidade de atuar no ramo. Mais de 2,5 mil pessoas foram certificadas. 33 No interior de São Paulo, a CERÂMICA LEPRI por lâmpadas eletrônicas, reaproveitar material usado, contratar fornecedores ecologicamente corre- 34 CERÂMICA LEPRI prova que sustentabilidade não é apenas um conceito sofisticado, aplicado na prática somente por grandes corporações bilionárias. Há três anos, a empresa lançou sua linha de ecopastilhas, em cuja produção são utilizadas lâmpadas fluorescentes recicladas. O benefício do uso dessa matéria-prima é duplo. Mais maleável, o vidro das lâmpadas torna mais eficiente o processo de cocção das pastilhas e assim leva a uma redução no consumo de gás dos fornos. Segundo a Lepri, a economia de gás nesse processo chega a 15%. O uso de vidro incentiva que outras empresas reciclem mais lâmpadas e, assim, deem destino apropriado a elementos nocivos contidos nelas, como o mercúrio. Outro modelo mais recente de ecopastilhas da Lepri emprega em sua fabricação cinzas obtidas com a queima de madeira por olarias e outras fabricantes de cerâmica. Com esse material é produzido o esmalte (chamado de "esmalte biológico" pela Lepri) que reveste as pastilhas. 34 Usar papel reciclado, substituir lâmpadas incandescentes LEPRI por lâmpadas eletrônicas, reaproveitar material usado, contratar fornecedores ecologicamente corretos. Todas essas são medidas implantadas há pelo menos três anos pela gigante da hotelaria REDE MARRIOTT. Presente em 69 países, a Marriott assinou uma parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) pela qual disponibilizará US$ 2 milhões para proteger uma área de 1,4 milhão de acres da floresta que correspondem às reservas do Juma e de Boa Frente, ambas localizadas no município de Novo Aripunã. Parte dos recursos também sera utilizado na construção de escolas e residências para as cerca de duas mil famílias que vivem no local. "Procuramos uma entidade que partilhasse da mesma cultura sustentável que desenvolvemos ao longo do tempo e a FAS foi ideal. Afinal, a Amazônia pertence ao mundo e queremos ser os primeiros a ajudar na conservação", explica Jorge Berrio, presidente do conselho de negócios e responsabilidade social da Marriott Brasil. "Este fundo foi um passo inicial", completa Berrio. A rede também estende aos hóspedes a opção de contribuir com US$ 1 extra por diária em um hotel da rede. Detalhe: a Marriott não possui unidades na Amazônia e não tem planos de construir empreendimentos na região. 35 Nos últimos dois anos, a NESTLÉ no Brasil abriu novas fábricas e ampliou a linha de produtos à venda ações que podem provocar custos ambientais maiores. Por isso, a companhia fortaleceu o seu sistema de gestão ambiental, criado em 1995 e, com ele, reduziu o consumo de água e de energia total (elétrica e térmica), além de diminuir a geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Desde o início dessa década, a Nestlé registrou queda de 7% no consumo de energia, reduziu em 35% o volume de água suja descartada e economizou 36% de água nas fábricas, o equivalente a 6,45 milhões de metros cúbicos. O aproveitamento de resíduos do processo produtivo é outra solução energética adotada pelo grupo. Algumas fábricas da empresa utilizam cascas de cacau e borra de café e conseguem com isso suprir até 24% de suas necessidades de energia térmica. O uso de embalagens também passou por análises mais criteriosas. Têm sido utilizados, por exemplo, materiais com menor gramatura. A medida faz parte do Programa Ambiental de Redução de Fontes de Embalagem do grupo, que já permitiu reduzir em cerca de 15% a espessura da folha-de-flandres utilizada na fabricação das latas, eliminar a folha de alumínio utilizada em embalagens da linha Maggi e diminuir o peso dos potes de sorvetes, entre outras iniciativas. 36 A FUNDAÇÃO ODEBRECHT é um dos principais atores do processo de transformação de uma região no sul da Bahia, formada por 11 municípios, onde vivem 270 mil pessoas. A desigualdade social é a marca registrada do local. O projeto Baixo Sul da Bahia surgiu há uma década, mas recebeu novos contornos a partir de 2003, quando o trabalho social ganhou mais relevância. O esforço, em síntese, é transformar investimentos em conhecimento, e infraestrutura em instrumento de inclusão social. "O projeto tem quatro pilares: humano, social, produtivo e ambiental. São inúmeras ações de curto, médio e longo prazos em parceria com outras organizações e governos", resume o presidente-executivo da Fundação Odebrecht, Mauricio Medeiros. "Pelo menos 10% da população local já se beneficiou de alguma de nossas iniciativas." Entre as iniciativas, além de apoio a pescadores da região, está uma parceria com a Embrapa para treinar pequenos produtores rurais e aumentar a produtividade no campo. A média local é de oito toneladas por hectare. O mínimo para ser economicamente viável é 20 toneladas por hectare. "Podemos levar esse programa para outras regiões do Nordeste do País", completa Medeiros. Essa ação sustentável da Fundação Odebrecht já recebeu investimentos de R$ 100 milhões. 37 Em junho de 2008, o PÃO DE AÇÚCAR inaugurou sua primeira loja verde em Indaiatuba (SP). Com um investimento de R$ 7,5 milhões, a unidade registrou redução no consumo de recursos como energia elétrica e água nos primeiros três meses de funcionamento. No período, o percentual de energia elétrica economizado chega a 13%, na comparação com o valor pago ao mercado cativo em outra unidade Pão de Açúcar com tamanho e formato semelhantes. Já a economia de água atinge a taxa de 14%, graças ao reaproveitamento do líquido em atividades como tratamento dos jardins. "A economia de água poderá ser ainda maior nos próximos meses e chegar a 20% ao mês", diz João Edson Gravata, diretor de operações da rede Pão de Açúcar. Além disso, a energia elétrica utilizada na loja verde é proveniente de fonte alternativa, a PCH (Pequena Central Hidrelétrica), que resulta em uma economia média de 9,5%. Isso representa redução de 34 mil toneladas de CO2 ao ano, o equivalente a mais de 190 mil árvores reflorestadas. 38 O que começou como alternativa para o corte de custos, acabou se tornando um importante instrumento de sustentabilidade. No início da década de 90 a PEPSICO, quinta maior empresa do segmento de bebidas e alimentos do mundo, adotou uma série de estratégias ecoeficientes, batizadas de ReCon. A meta atual é reduzir os consumos de água e eletricidade em 20% e diminuir 25% da quantidade de combustível gasto. No Brasil, o programa tem sido adaptado com sucesso. As 12 indústrias da Pepsico adotaram políticas de reaproveitamento de água e reduziram em 32% os custos com esse insumo. Já os gastos com energia elétrica seguem em queda de 3% nos últimos anos. Além disso, a empreza recicla 92% de todos os resíduos sólidos e reutiliza todas as caixas de papelão, que chegam a fazer até cinco viagens, em vez de serem descartadas. Mais: a empresa apoia programas de reciclagem das latas de alumínio. "Começamos com ações para a prevenção de perdas no processo e de valorização de funcionários. Hoje nosso processo é mais produtivo e ecoeficiente", aponta Otto Von Sothen, presidente da Pepsico Alimentos no Brasil. A Pepsico também exige que seus fornecedores apresentem certificados de sustentabilidade e sigam a legislação trabalhista. 39 A PETROBRAS está disposta a mostrar que o petróleo pode render bons frutos ao mundo, além da energia. No ano passado a empresa investiu R$ 1,9 bilhão no melhoramento de seus processos operacionais, buscando melhor eficiência ambiental. Neste ano repetirá o valor. O grande destaque da nova geração de projetos é a Refinaria de Capuava, a Recap, localizada na região do ABC, em São Paulo. Desde abril de 2008, funciona na unidade a primeira estação de reúso de água da companhia, com descarte zero de efluentes no rio Tamanduatei. Com um investimento de R$ 7 milhões, a estação é a primeira do gênero na América Latina e conta com uma capacidade de tratamento de 1,5 milhão de metros cúbicos por ano, permitindo que toda a água utilizada no processo produtivo seja tratada e reutilizada. No Rio de Janeiro, a Petrobras foi buscar inspiração nos padrões do US Green Building Council para erguer um dos primeiros edifícios ecossustentáveis da cidade. Utilizando madeira certificada, tinta de baixa emissão de gases corrosivos e insumos reciclados, o prédio é sede da Universidade Petrobras, órgão da área de recursos humanos da empresa. Além disso, também utiliza a captação e o reúso hidráulico, atendendo a cerca de 40% do consumo diário. 40 A política de adotar praças e até parques já virou um hábito no segmento empresarial. Mas o Grupo Positivo foi além. Em 2003, adotou a Mata do Uru, no Paraná. Na reserva já foram identificadas 260 espécies vegetais, 150 espécies de aves e outras 30 espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção. Desde então, a conscientização ambiental foi incorporada por todas as empresas do grupo. A preservação da região faz parte do projeto Carbono Zero, desenvolvido por um dos braços do grupo, a PROSIGRAF, considerada a maior gráfica da América Latina em faturamento. "Nosso principal objetivo é compensar as emissões de CO2 geradas pelos materiais impressos na gráfica e reduzir os impactos da atividade", conta Guiem Guimarães, diretor-geral da Posigraf. A área de floresta protegida pela empresa armazena 16 mil toneladas de carbono, o que zera as emissões da empresa. "Somos a primeira gráfica brasileira do segmento promocional e editorial a adotar um sistema carbono zero", explica Guimarães. A metodologia do projeto foi elaborada em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e obedece a padrões internacionais do GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol). 41 Curiosamente, a indústria de materiais de limpeza costuma ser apontada como grande fonte de poluição. A QUÍMICA AMPARO, no entanto, luta para alterar essa tradição. Após um investimento de R$ 2 milhões na reformulação de sua principal marca, lançando o sabão em pó Ypê Premium, a Amparo criou um produto livre de fosfato, um dos maiores inimigos da vida aquática. O componente é responsável pela proliferação excessiva de algas e leva à diminuição de oxigênio na água. "Voluntariamente, estamos dando um passo em sintonia com a preocupação com a natureza, como já faz parte de nossa história", afirma Waldir Beira Júnior, diretor da Química Amparo. O apelo ecológico do Ypê Premium completa-se com a certificação FSC das embalagens em papel-cartão, que atestam o manejo e o uso responsável de recursos florestais. O lançamento do novo produto segue uma linha que começa no processo produtivo, com a captação e o tratamento de águas das chuvas para uso industrial. Além disso, a empresa implantou estações próprias de tratamento de esgotos em suas três unidades e plantou milhares de mudas de ipês ao redor da matriz na cidade de Amparo (SP). 42 Alimentar o mercado da construção civil e preservar o meio ambiente é um paradoxo que a construtora ROSSI tem conseguido quebrar. Seu desafio é construir imóveis que agridam o menos possível o meio ambiente sem repassar essa preocupação para o preço final do empreendimento. Melhor aproveitamento da luz solar nos apartamentos construídos e maior ventilação natural para reduzir o uso de aparelhos condicionadores de ar são algumas das ações feitas pela construtora nesse aspecto. Dois de seus últimos lançamentos, especificamente o Paulistano Bairro Privativo e o Rossi Lumina, ambos em São Paulo, se configuraram em exemplos de sustentabilidade. A madeira comum foi trocada por madeira de reflorestamento, o aquecedor a gás deu lugar ao aquecedor solar e as lajes são moldadas em ferro e fibra, reduzindo a utilização de madeira nas obras. Além disso, as plantas utilizadas no paisagismo requerem menos água. Em Belo Horizonte, o condomínio Rossi Botanique Praças Residenciais começou a ser construído em dezembro e terá a certificação ISO 14001, que avalia o grau de sustentaibilidade dos empreendimentos. Além disso, a empresa distribui informativos a seus clientes com dicas de consumo consciente. No Rossi Lumina, no bairro do Belenzinho, em São Paulo, a proximidade com o parque do Belém não foi por acaso. São 230 mil metros quadrados de área verde no local que abrigava antes o antigo Complexo Tatuapé da Febem e o objetivo da construtora é estimular o contato dos moradores com a natureza. 43 O saneamento básico ainda é um grande entrave para o desenvolvimento do País. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a FGV, aponta que 51,6% da população brasileira não possui rede de esgoto. E mais: se continuar no mesmo ritmo, apenas daqui a 56 anos esse número cairá pela metade. Um cenário diferente, porém, vem do Estado do Paraná, onde só na cidade de Curitiba cerca de 80% da população tem acesso ao saneamento básico. Os índices acima da média incentivaram a SANEPAR (Companhia de Saneamento do Paraná) a dedicar-se a um projeto inédito no Brasil: construir um centro de referência em saneamento. Batizado de Universidade do Saneamento, a unidade será instalada no prédio desativado de uma antiga estação de tratamento de água. Para a reforma, a Sanepar acaba de fechar um contrato de R$ 2,8 milhões com a Caixa Econômica Federal. Serão seis salas de treinamento, uma de exposições e um auditório para 180 pessoas. O espaço será usado para promover ações de educação socioambiental, formar profissionais do saneamento e desenvolver pesquisas. "Temos grande dificuldade de encontrar mão de obra qualificada. Por isso queremos ser referência na área de saneamento", explica Maria Arlete Rosa, diretora de meio ambiente e ação social da Sanepar. 44 Renovação e criatividade são duas palavras caras ao SANTANDER Por isso, o banco estimula o cultivo delas desde o período de aprendizado com um programa que ganhou o mundo. O Santander Universidades, que nasceu em 1996 em Madrid e hoje está disseminado em 15 países, deixou de ser apenas um projeto para se transformar em uma das oito divisões da instituição financeira. "Educação superior é o nosso principal eixo de responsabilidade social corporativa", diz Jamil Hannouch, vice-presidente do Santander Universidades no Brasil. Nesses 12 anos, foram concedidas mais de 50 mil bolsas de estudos e investidos R$ 1 bilhão globalmente no desenvolvimento do conhecimento. Só no Brasil, 16 mil estudantes já foram beneficiados. Por ano, cerca de 500 alunos brasileiros são encaminhados para uma das 700 universidades conveniadas ao redor do mundo pela Bolsa de Mobilidade Internacional. No ano passado, o Santander Universidades firmou convênios com importantes universidades dos EUA, Rússia e China. Assim, 35 brasileiros desembarcarão em solo chinês em junho para estágio de quatro semanas. No mesmo período, 35 chineses serão recebidos no Brasil. 45 O segmento de TI é um dos mais carentes em mão de obra no Brasil. Por isso, a gigante SUN MICROSYSTEM implantou no País seu programa Embaixadores nas Universidades. O programa recruta estudantes universitários para disseminar o conceito do software em suas regiões. "Ao popularizar o software open source, as pessoas terão mais acesso ao conhecimento, gerado em um meio colaborativo e acessível por todos", afirma Eduardo Lima, gerente de programas acadêmicos da Sun Microsystems do Brasil. No mundo, são 534 embaixadores, sendo que 40 estão no Brasil, espalhados por praticamente todas as regiões do país. "O software livre pode ser usado por qualquer estudante para criar novos produtos e novos modelos de negócios", acrescenta Lima. Os embaixadores brasileiros foram responsáveis, somente nesse ano fiscal (de julho de 2008 até agora), pela organização de 195 eventos diferentes sobre ferramentas de código aberto, com um total de 9,2 mil participantes. Além disso, promoveram encontros junto às comunidades locais de linguagem Java e do sistema operacional OpenSolaris, em 16 cidades do Brasil, atendendo um total de quatro mil estudantes em um mês. O bom desempenho do programa por aqui se deve ao fato de o Brasil se destacar pelo uso de softwares colaborativos no mundo. O País ocupa a terceira maior comunidade de usuários da linguagem de programação JAVA e português é a segunda língua entre os visitantes do Java.com. 46 O projeto TIM Música nas Escolas, que desde 2003 já beneficiou 20 mil alunos de escolas públicas em 13 cidades brasileiras, não está ensinando apenas música. O projeto forma os Pequenos Embaixadores da Paz, que recebem formação musical e tornam-se responsáveis por levar mensagens de paz e cidadania às suas comunidades. Mas a empresa queria ter certeza que os recursos investidos tinham o impacto social pretendido, com melhorias do desempenho escolar e do comportamento dessas crianças e jovens. Um estudo realizado pela Hmetrics, empresa de consultoria que analisa projetos sociais, concluiu que entre 2005 e 2008, o Índice de Qualidade da Educação (IQE) desses alunos aumentou 45,8%. A taxa de desenvolvimento social chegou a 14%, superior ao de escolas particulares nas mesmas regiões. "Os investimentos davam retorno", conta a gerente de sustentabilidade da TIM, Glória Rubião. Atualmente, três mil alunos de sete cidades participam do projeto. Com o tempo, alguns se tornaram músicos de orquestra. A primeira turma formada é a Orquestra Brasileira do Auditório Ibirapuera, composta por 120 jovens que participaram do projeto da TIM. 47 A VALE é uma das campeãs em sustentabilidade socioambiental. Apesar da crise, a gigante do minério irá manter seus investimentos no mesmo patamar do ano passado: US$ 900 milhões. Uma das novidades é o Trem Bicombustível, que utiliza a mistura de gás natural e diesel em uma locomotiva da Estrada de Ferro Vitória-Minas. Nessa fase inicial de testes, serão investidos R$ 2,4 milhões - mas já existe a possibilidade de expansão da utilização do gás para a frota que opera a Estrada de Ferro Carajás. Essa preocupação ambiental é ainda mais evidente no projeto Vale Florestar, que cuida de áreas degradadas da região amazônica com espécies nativas e exóticas. Até agora já foram plantadas 15,5 milhões de árvores e recuperados 56 mil hectares. Para 2009, está prevista a expansão da área do projeto para 71 mil hectares. É um programa portentoso. O total a ser investido é de US$ 300 milhões, sendo que US$ 69 milhões foram aplicados no ano passado em municípios do Pará. "Mais do que apenas recuperar áreas degradadas, estamos gerando novas oportunidades de emprego para a região", afirma Guilherme Escalhão, diretor de meio ambiente e sustentabilidade da Vale. 48 A atuação sustentável de uma empresa não se restringe ao simples uso de materiais renováveis que não sejam prejudiciais ao meio ambiente em seus processos e produtos. Embora isso seja importante, não esgota as possibilidades de uma companhia se encaixar em um perfil ainda mais sustentável. Exemplo disso é a parceria mantida entre a construtora VERDI, do Rio Grande do Sul, com a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Da união, surgiu um tipo de concreto inovador, desenvolvido a partir da pesquisa de materiais renováveis e sustentáveis, chamado de concreto autoadensável, ou CAD. Na fabricação dessa argamassa, são utilizados até 11 elementos, como propileno e outros aditivos químicos, em vez dos quatro tradicionais - brita, areia, água e cimento. A vantagem do CAD é que sua composição permite abrir mão de vibradores, de máquinas que asseguram a homogeneidade do concreto, assim como reduz o tempo de maturação do concreto. No fim, o CAD é cerca de quatro vezes mais resistente que o concreto tradicional. 49 Em maio, o Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, vai abrigar uma das mais importantes feiras do setor plástico da América Latina. E esse evento deverá representar um divisor de águas na história da portenha VITOPEL. É que boa parte do material de divulgação (banners e cartazes, por exemplo) da feira Trabalhadores da Ulbra querem pagamento de março ou decretam greve Autor: Políbio Braga Polibio Braga Online (06/04/09) - Nesta segunda-feira o Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar de São Leopoldo e Região (SAAESL) realizará mais uma assembleia, às 12h30min, no estacionamento do campus Canoas. Essa assembleia irá tratar do pagamento do salário de março, que até agora não foi quitado, embora o calendário marque 9 de abril. Caso o salário seja pago, o encontro será transferido para o dia 13 de abril, próxima segunda-feira, então para tratar do cumprimento do pagamento da primeira parcela do acordo feito no dia 11 de março. Sobre a assembléia de hoje, os funcionários avisaram que não irão mais tolerar nenhum atraso, ou seja, se o salário de março não for pago hoje, a greve inicia imediatamente e neste caso as conversações só ocorrerão na próxima assembléia.
Para quê serviu o acordo senão para a Ulbra empurrar com a barriga o problema dos salários? Autor: Blog Crise na Ulbra Blog Crise na Ulbra (06/04/09) - Colegas, a situação é desoladora e terminal. A Ulbra não tem mais como pagar os salários atrasados, nem os próximos.A Ulbra não conseguiu nem depositar a parcela referente ao acordo, que já é bem menor que um salário. Já são devidos 4 salários para os professores (faça a conta de quanto tens a receber). Desvios de recursos e bagunça administrativa resultam na atual situação. A incapacidade dos gestores resolverem a situação ficou concretizada com a não realização dos depósitos referentes ao acordo e ao salário de março. Só tem uma saída e vocês sabem. Paralisação imediata das atividades na instituição visando: * Pressionar a CELSP e a IELB para a troca da atual administração (sabemos que é quase impossível, mas temos de tentar) e A cada dia de omissão, as chances de recebermos pelo que trabalhamos ficam menores. Não fique sem fazer nada, ou 4 vai virar 5. Fale com o seu sindicato. Ou nos avise (por curiosidade) quantas vezes você ainda precisará ser enganado antes de tomar providências. Despedida Estamos anunciando a despedida deste blogue. Não adianta ficar denunciando e sugerindo soluções quando as categorias não conseguem se organizar. Também não temos vocação para ficar apenas matraqueando, vendo a Ulbra se deteriorar a cada dia. Nosso objetivo sempre foi o de informar, esperando que surgisse uma massa crítica capaz de catalisar mudanças reais na instituição. Contudo, continua tudo como está. São 305 dias que recebemos (quando recebemos) os salários com atraso. A primeira parcela do décimo terceiro deveria ter sido depositada há 244 dias. Não recebemos parte do salário de dezembro. Janeiro, março e o 1/3 de férias não foram pagos. Enquanto isso, a justiça federal comprovou que os gestores da Ulbra desviam recursos da FILANTRÓPICA em benefício próprio (RME, Basa, Felusp, Sport Club Ulbra etc têm como donos/sócios gestores da Ulbra) Se ninguém se mexe com o que está aí de concreto, vai se mexer com o quê ? A partir de agora, vamos tocar nossos projetos pessoais. Abraços e até um dia destes |
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Documento produzido pelo Núcleo de Análise de Mídia da Informe Comunicação. Sugestões: clippingulbra@informe.jor.br |
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