08/04/09 a 09/04/09


Professores decidem paralisar e fazem bloqueio na Ulbra

Funcionários da Ulbra paralisam atividades em Canoas

Autor: Da Redação
Fonte: Diário de Canoas

Diário de Canoas (08/04/09) - Em protesto ao não cumprimento dos acordos firmados com as entidades para pagamentos dos salários atrasados de funcionários e professores, centenas de alunos da Ulbra paralisaram o trânsito na BR-116 por cinco minutos na manhã desta quarta-feira - no sentido capital-interior.

Com cartazes e gritos de ordem pediram ainda a saída do reitor Ruben Becker, mudanças na gestão da instituição, além da retomada das aulas e manutenção da qualidade de ensino, principalmente nos cursos da área da Saúde.

A manifestação iniciou dentro do campus. Os alunos dizem estar preocupados com a situação da universidade. Desde a terça-feira, 7, parte dos funcionários administrativos e dos professores estão paralisados.

A marcha até a BR-116, na altura da estação São Luiz do Trensurb, teve a intenção de chamar a atenção da sociedade sobre o agravamento da crise. "As aulas práticas estão sendo prejudicadas com a crise no Complexo Hospitalar. Inclusive com o cancelamento da residência", comenta um aluno do curso de Medicina, que pede para ter a identidade preservada.

Veja fotos do protesto de funcionários da Ulbra na BR-116

 

 

 

Ato público de apoio à greve geral na Ulbra

OPINIÃO DO LEITOR

Atualizado: 13h48
Fonte: Polibio Braga Online

Polibio Braga Online (08/04/09) - Hoje eu não fui para faculdade, mas ouve protesto em frente à reitoria onde os alunos atiraram pedras nos vidros (acho que são blindados, pois não quebraram) a ULBRA chamou sua segurança (cavalaria) onde contiveram os alunos com violência (com chicotadas). Quem me contou isso foi minha namorada que teria aula hoje. Ela me contou também que todas as aulas da veterinária foram suspensas, pois os professores da mesma estavam em reunião. Semana que vem começa as provas, mas elas foram suspensas. s coordenados do curso de veterinária (Victor Hermes Ceresér) contou que segunda-feira (13/04) vai ter uma reunião dos professores para ser decidido se a veterinária vai continuar na greve.

No Hospital Universitário de Veterinária da ULBRA, que fica no campus Canoas está faltando papel higiênico, papel toalha e sabonete nos banheiros (como que um hospital não tem sabonete no banheiro, como se faz para manter a higiene?) também esta em falta material para aulas praticas, para cirurgias de rotinas, tem vários equipamentos de uso da rotina estragados que há tempo não são consertados. Medicamentos também estão em falta.

Daqui a pouco, a partir das 18h, movimento de professores, funcionários e alunos na entrada da Ulbra, Canoas, de apoio à greve geral decidida ontem à noite.

Há quase um ano a Ulbra caloteia seus funcionários e professores, descumprindo até mesmo ordens e acordos judiciais.

ACOMPANHE tudo e saiba o que ocorre na Ulbra através do blog:

http://www.crisenaulbra.blogspot.com/


Greve na Ulbra recebe apoio geral no RS

Atualizado: 14h07
Fonte: Polibio Braga Online

Polibio Braga Online (08/04/09) - OPINIÃO DOS LEITORES

Religiosos pecadores
Meu pai contava: quando os russos invadiram a Ucrânia, o Exército Vermelho conduziu toda a população da aldeia (onde meu pai morava) ao cemitério da localidade. Perante todos, os comunistas abriram os jazigos dos padres da Igreja Ortodoxa e mostraram as ossadas e os cadáveres em putrefação. Isso porque a Igreja Ortodoxa dizia que os padres eram santos, os corpos se manteriam intactos e por isso seus jazigos - às custas da contribuição do povo - eram suntuosos. Foi um eficiente golpe na religião. Sorte que moramos no Brasil, onde não precisamos de episódios tão dramáticos para deixar de acreditar nos religiosos. Basta um reitor "silencioso", um Audi milionário, e demais comportamentos exemplares de como se faz a gestão de uma Universidade. Bastam algumas promessas por parte da Reitoria da ULBRA (se é que se poder chamar essa instituição de "universidade") que a situação caótica da universidade cai no esquecimento. Ruy de Castro Guedes, Canoas, RS.

Alunos pagam R$ 5 mil por mês para não ter aula

O pior é o fato ocorrido hoje, 06/04/2009: alunos do curso de Medicina que não tem culpa nenhuma dessa situação, que pagam mais de R$5.000,00 por mês, isso mesmo, mais de 5 MIL Reais de mensalidade, ficaram sem aulas, porque os professores não recebem seus salários, e quando vão procurar informações encontram a secretaria da faculdade FECHADA!! Isso mesmo, os alunos da faculdade de medicina dessa "universidade", que pagam uma fortuna por mês, não têm professores e sequer conseguem informações sobre a situação! Até quando essa "CHINELAGEM" vai continuar? Leandro Schmidt, Porto Alegre, RS.

Agora é para valer
Ia ter aula hoje e não apareceu professor... Várias salas com alunos, mas sem aula...Muitos alunos pelo corredor, caminhando, conversando e tomando chimarrão, mas sem aulas. Segundo alguns coordenadores de curso a parada agora é para valer e ninguém voltará até receberem todos os valores devidos. Miriam Albertini, Novo Hamburgo, RS.

Prefeito confraterniza com o reitor da Ulbra
Sábado uma grande reunião aconteceu na Ulbra, com o Magnífico Reitor, Prefeito Jairo Jorge, além de outros importantes figurões. Políbio pode checar a informação e ver o que eles estava fazendo lá. Linei Serpa, Porto Alegre, RS.

Queremos os pais na greve
Falta a manifestação dos alunos, dos pais? Será que eles vão entender que é o dinheiro deles que está sendo desviado pela Sua Magneficiência? Não é culpa dos professores e dos funcionários, eles não gerenciam a ULBRA, eles prestam serviços e há meses estão sem receber....Mesmo assim continuaram trabalhando, pelo menos até agora. Luiz Armando Guedes, Porto Alegre, RS.

 

Ato público reúne professores, funcionários e
alunos em protesto contra a reitoria da Ulbra

Autor: Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS)
Fonte: Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS)

Sinpro/RS (08/04/09) - Na noite desta quarta-feira, 8, os professores, funcionários técnico-administrativos e estudantes da Ulbra realizaram um ato público na entrada principal do campus de Canoas.

A mobilização foi um protesto pelos atrasos salariais e foi marcado por muitas e contundentes manifestações de repúdio à reitoria da Ulbra, responsabilizada pela crise.

Os manifestantes exigiram o imediato afastamento da reitoria e o fim da nebulosa relação entre os interesses privados da família Becker e os objetivos institucionais da Celsp/Ulbra.

O Sinpro/RS e o SAAE/SL editaram um boletim informativo especial do movimento que foi distribuído no ato público. A íntegra está disponível em PDF. Acesse CLICANDO AQUI. Em breve fotos da manifestação.

A paralisação dos professores, no seu primeiro dia, registrou a adesão majoritária nos campi de Canoas, Guaíba e Gravataí, sendo integral em muitos cursos. Também no campus de Cachoeira do Sul a paralisação já começou nesta quarta-feira.

O Sinpro/RS convoca todos os professores que ainda não paralisaram a aderirem ao movimento na próxima segunda-feira, quando é esperado também o início da paralisação nas Unidades de Ensino da Educação Básica da Ulbra.

Na próxima segunda-feira, a partir das 18h, será realizada a nova Assembleia Geral dos Professores da Ulbra, no auditório do Ritter Hotel (Largo Vespasiano J. Veppo, 55, em frente à Rodoviária de Porto Alegre).

A assembleia será realizada em Porto Alegre devido à indisponibilidade dos locais tradicionais dos encontros dos professores em Canoas.

Professor, fique em sintonia com o Sinpro/RS e mantenha-se mobilizado por salários e dignidade profissional.

 

Juíza anula efeitos da MP das filantrópicas

Autor: Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS)
Fonte: Congresso em Foco

Sinpro-RS (08/04/09) - Decisão da juíza Isa Tânia Cantão, da 13ª Vara Federal, de Brasília, anula efeitos da MP 446, cancelando mais de 7 mil certificados de entidades filantrópicas. Dívidas serão inscritas no INSS. Na sentença ela acusa governo de dar “cheque em branco” para instituições sem fiscalização.

Conforme notícia publicada no site www.congressoemfoco.com.br pelo jornalista Lúcio Lambranho, a decisão suspende a anistia determinada pelo governo em novembro de 2008, com a publicação da Medida Provisória 446, a "MP das Filantrópicas".

Todas as instituições beneficiadas com a medida, que estão sob investigação ou aguardavam renovação dos certificados, terão o valor das isenções fiscais obtidas inscritas na dívida do INSS pela Receita Federal. A decisão tomada na sexta-feira (3) atende a pedido do Ministério Público Federal, que ajuizou uma ação civil pública em dezembro do ano passado.

Na liminar, segundo o site, a juíza não poupa críticas à edição da medida provisória e diz que o governo deu um "cheque em branco” às beneficiadas com isenção de impostos. Só com a cota patronal do INSS, as filantrópicas têm uma isenção de R$ 2,1 bilhões, segundo os cálculos da Receita.

A Ulbra foi uma das instituições que se beneficiou da MP 446, agora suspensa.

 

Simers convoca médicos para assembléia e participará de ato pelo afastamento do reitor


Simers e sindicatos de trabalhadores da Ulbra se únem pelo afastamento do reitor


Autor: Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers)
Fonte: Imprensa/Simers

Simers (08/04/09) - O auditório do Sindicato Médico do RS (SIMERS) vai reunir os médicos dos hospitais e unidades de saúde da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) na próxima terça-feira, 14, a partir das 19h. O objetivo é traçar ações que garantam condições de trabalho à categoria e buscar informações sobre a realidade enfrentada pelos profissionais. O SIMERS ainda quer saber o atual número de médicos que atuam na instituição, pois desde o ano passado, quando a crise tornou os atrasos de salários crônicos e fragilizou o atendimento aos pacientes, o sindicato desconhece os dados. “Eram mais de mil profissionais, mas a falta de pagamento levou muitos prestadores de serviço a romper com a Ulbra e este número é um mistério”, afirma o diretor do SIMERS, Neio Lucio Pereira.

No mesmo dia, o SIMERS e os demais sindicatos que defendem os direitos dos trabalhadores da Ulbra realizarão um ato público no centro de Canoas, a partir das 11h, para exigir o afastamento do reitor Rubem Becker. As entidades querem mobilizar as categorias, alunos e comunidade, em um protesto também pelo pagamento dos salários atrasados. O vencimento de março não foi pago, bem como a totalidade do valor referente a janeiro.

Os representantes sindicais estiveram reunidos na tarde de hoje, 8, na sede do Sindicato dos Professores (Sinpro-RS) e o próximo encontro para definir os detalhes da mobilização será no final da manhã desta segunda-feira, 13. Além do SIMERS e Sinpro, participaram o Sindisaúde-RS, Sindicato dos Enfermeiros do RS (Sergs), Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintae-RS) e Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de São Leopoldo e Região (Saaesl).

 

Professores da Ulbra voltam a protestar em frente à universidade em Canoas

Categoria reclama do atraso no pagamento dos salários e pede o afastamento da atual reitoria

Autor: Zero Hora
Atualizado: 21h24
Fonte: Zero Hora

Zero Hora (08/04/09) - Os professores da Ulbra promovem desde o final da tarde desta quarta-feira protesto em frente à entrada principal da universidade, em Canoas. Conforme o sindicato da categoria, alunos de diversos cursos da instituição estão sem aulas nessa noite.

A categoria reclama do atraso no pagamento dos salários e pede o afastamento da atual reitoria. Já os sindicatos de trabalhadores ligados aos setores da saúde e educação mantidos pela universidade participaram de reunião nessa tarde. Eles decidiram realizar um ato público conjunto.

O protesto, inicialmente previsto para terça-feira que vem, ocorrerá no centro de Canoas. Detalhes da manifestação serão acertados na segunda-feira.

A emergência do Hospital Independência está fechada, já que a UTI da instituição não está funcionando por falta de material.

A Ulbra informou que não vai se pronunciar sobre a manifestação dos docentes. Garantiu, no entanto, que tenta colocar em dia os salários atrasados.


Professores da Ulbra entram em greve no RS


Autor: Raquel Casiraghi
Fonte: Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Central Única dos Trabalhadores (08/04/09) - Professores do Ensino Superior da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) entraram em greve a partir desta quarta-feira, 08, em todo o Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada na noite de ontem, 07, na assembleia realizada pela categoria no auditório da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Canoas (RS).

Os professores ainda não receberam o salário de março, que deveria ter sido pago na semana passada. Além disso, a Ulbra descumpriu acordo judicial em que parcelava os demais rendimentos atrasados. De acordo com o diretor do Sindicato dos Professores da rede privada do estado (Sinpro), Marcos Fuhr, a universidade ainda deve o 13º salário, 10% do salário de Dezembro passado, todo o salário de Janeiro e mais um terço das férias.

"No final de Fevereiro, a Ulbra fez uma proposta de pagamento parcelado dos salários que estava em atraso e as multas pelo atraso. No dia 05 de março esse acordo já foi descumprido. Isso fez com que o acordo fosse executado na Justiça", diz.

Os professores também reivindicam a saída da atual reitoria da Ulbra, a quem atribuem a responsabilidade pela grave crise e pelas dívidas da universidade. A Ulbra perdeu sua filantropia entre 1998 e 2003, mas a Justiça Federal não reconhece a isenção de impostos desde 1998 devido a irregularidades. Com isso, a universidade acumula uma dívida de mais de R$ 2 bi com o governo federal.

Aos professores, diz Marcos, sobra o atraso dos salários que iniciou há um ano. "O não-pagamento dos salários na última sexta-feira dá prosseguimento a uma trajetória de atrasos salariais que se iniciou no primeiro semestre do ano passado e que só vem se agravando", diz.

Na próxima segunda-feira, 13, professores da rede básica da Ulbra devem entrar em greve. A universidade possui em torno de 1,8 mil professores no Ensino Superior e 300 no Ensino Básico.

 

Ulbra: funcionários, professores e alunos fazem protesto em Canoas

Previsão da reitoria é de pagar 40% dos salários atrasados amanhã e o restante na segunda-feira

Autor: Zero Hora
Atualizado: 11h34
Fonte: Zero Hora

Zero Hora (08/04/09) - Dezenas de funcionários, professores e alunos da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) protestavam na manhã desta quarta-feira em Canoas, repudiando os atrasos salariais. Eles interromperam a circulação em partes do campus e ameaçaram fechar a BR-116. Alguns manifestantes pediam a saída da atual reitoria da universidade. Alunos apoiavam a manifestação dos educadores, que ontem decidiram entrar em greve. Também há funcionários que paralisaram atividades na segunda-feira.

De acordo com a assessoria de imprensa da Ulbra, a paralisação de funcionários e docentes não é total, e algumas aulas estão sendo dadas normalmente. A previsão da reitoria, segundo a assessoria, é de pagar 40% dos valores atrasados amanhã e o restante na segunda-feira. Os salários dos professores estão atrasados desde março, enquanto que os funcionários ainda não receberam o 13º e parte dos proventos de janeiro, informou a assessoria.

Integrante do Centro Acadêmico de Medicina da universidade, o aluno Cleber Santos Júnior, 24 anos, disse que o objetivo do ato é que a reitoria receba os manifestantes. Júnior afirmou que a situação deixa os estudantes preocupados com seu futuro.

— Receamos que nossa formação possa ser prejudicada.


Professores da Ulbra entram em greve e pedem saída da reitoria

Autor: Espaço Vital
Fonte: JusBrasil Notícias

JusBrasil Notícias (08/04/09) - Em assembléia realizada na noite de ontem (07), no auditório da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços, na cidade de Canoas, os professores da Ulbra no Rio Grande do Sul decidiram pela paralisação imediata das atividades, por tempo indeterminado, em protesto pelo atraso dos salários de março e devido ao histórico de descumprimento de acordos por parte da instituição.

Os professores também querem a destituição da atual reitoria da Ulbra e anunciaram que "vão se organizar para isso". Na tarde de hoje (08), os professores realizam um ato público na entrada do campus da Ulbra Canoas, com distribuição de uma carta à população.

No documento, que será encaminhado ao Ministério Público e à Justiça Federal e Justiça do Trabalho, os professores reivindicam a saída da atual reitoria da Ulbra, a quem atribuem a responsabilidade pela grave crise da instituição.

Na próxima segunda-feira (13) será realizada nova assembléia dos docentes


Ulbra de Santa Maria também deve ter atividades paralisadas

Professores farão assembléia para definir se aderem à greve

Autor: Zero Hora / Diário de Santa Maria
Atualizado: 00h51
Fonte: Zero Hora / Diário de Santa Maria

Zero Hora (09/04/09) – O atraso do pagamento de professores e de funcionários da Ulbra deve paralisar parte dos serviços no campus de Santa Maria, na região central do Estado, na próxima semana. Os cerca de 90 professores farão uma assembléia nos próximos dias para definir se aderem à greve já instaurada em Canoas.

Nesta quarta-feira, professores realizaram um protesto em frente à entrada principal do campus da cidade da Região Metropolitana. A categoria pede o afastamento da atual reitoria. A Ulbra informou que não vai se pronunciar sobre a manifestação dos docentes em Canoas. Garantiu, no entanto, que tenta colocar em dia os salários atrasados.


Ulbra enfrenta atraso de salários com solidariedade

Há dois meses sem receber, time sofre com a crise da instituição

Autor: Christiane Matos
Atualizado: 3h42
Fonte: Diário Gaúcho

Diário Gaúcho (09/04/09) - Apesar da boa campanha na Taça Fábio Koff, os jogadores da Ulbra enfrentam os atrasos salariais. Há dois meses sem receber, o time também sofre com a crise que a universidade, mantenedora do clube de futebol, atravessa.

— O atraso é algo a ser administrado todos os dias. O espírito de grupo faz com que a gente não misture as coisas. Aqui, não entra um jogador dentro de campo de cara amarrada — garante o técnico Beto Almeida.

Diariamente, Beto sempre reserva alguns minutos dos treinos para abordar os atrasos. Ressalta que os obstáculos enfrentados fortaleceram ainda mais a união do grupo. Mutirões para ajudar aqueles mais necessitados foram realizados. Foi organizada uma coleta de dinheiro no vestiário para ajudar um jogador que perderia o carro por falta de pagamento das prestações.

— Ele pegou o dinheiro chorando e foi pagar parte da dívida — conta Beto.

Com folha mensal de R$ 120 mil, a Ulbra não conta com o apoio de patrocinadores. Embora o último salário recebido tenha sido o de janeiro, comissão técnica e jogadores garantem que a estrutura de trabalho não foi afetada. Os materiais de treino e as viagens sofreram alguns cortes, mas nada que prejudicasse o desempenho do time. Os jogadores acreditam que a classificação às semifinais possa mudar a situação.


Juíza anula cerca de 7 mil certificados

A decisão, de caráter provisório, foi da juíza Isa Tania Cantão, da 13ª Vara Federal no DF, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal

Autor:Mirella D’Elia
Atualizado: 6h24
Fonte: Correio Braziliense

Correio Braziliense (09/04/09) - A Justiça Federal anulou os certificados concedidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) a entidades filantrópicas entre novembro de 2008 e fevereiro de 2009, durante a vigência da Medida Provisória 446. Apelidada no Congresso de “MP da Pilantropia”, a medida foi rejeitada em 10 de fevereiro pela Câmara. Ela renovou automaticamente cerca de 7 mil certificados, assegurando benefícios tributários e anistiando inclusive instituições suspeitas de fraude. Isso resultaria numa anistia calculada pelo governo em R$ 2 bilhões.

A decisão, de caráter provisório, foi da juíza Isa Tania Cantão, da 13ª Vara Federal no DF, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal. A Receita Federal deverá calcular e lançar, de imediato, todos os créditos de contribuições sociais devidos pelas entidades que tinham processos pendentes de julgamento ou que aguardavam decisão de recursos. Isso garante a possibilidade de futura cobrança de dívidas.

A magistrada afirmou que o MP agiu de forma legítima ao recorrer à Justiça, pois a isenção fiscal para as entidades “importa em milionário prejuízo ao erário”. Para ela, as dificuldades alegadas pelo governo para julgar pedidos de concessão ou renovação de certificados até o fim de 2008 não justificam a decisão. Apontada como uma manobra articulada pelo governo, a rejeição da MP pela Câmara também foi alvo de críticas da juíza. “A rejeição não disfarça a repulsa de um ato que se configura lesivo aos cofres públicos, o que o torna ainda mais censurável por ocorrer no momento em que milhares de brasileiros são penalizados com o desemprego e a desesperança”, afirmou.

Vice- líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) disse estar confiante na derrubada da decisão que, na avaliação dele, causaria um “apagão na filantropia brasileira”. “A decisão não tem sustentação jurídica e certamente será reformada. É pirotecnia”, disse o parlamentar.


Documento produzido pelo Núcleo de Análise de Mídia da Informe Comunicação.
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